sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Zé Dirceu leva a conspiração contra Dilma para além do seu cafofo, contamina o PT e vira itens do documento do 4º Congresso! Não em jeito! O cara é um caso de polícia, não de política!


Petistas que não querem se identificar asseguram que José Dirceu pressionou o quanto pôde o comando do partido para que a crítica “à mídia” fosse um dos pontos centrais do documento do 4º Congresso (ver post abaixo), que começa hoje e se estende até domingo. O “Zé” ainda queria forçar a mão para que lhe fosse feita uma moção de desagravo. Isso provavelmente ficará por conta da iniciativa de algum “companheiro”, e o texto deve, então, contar com a aprovação dos demais. Mas a coisa não pára por aí.
A turma do Zé também conseguiu emplacar uma crítica à dita “faxina” promovida por Dilma e ressuscitou a tese de que tudo não passa de sabotagem da oposição, apoiada pela “conspiração midiática”, que teria tentando derrubar Lula. Ressuscita a tese inventada para enfrentar a denúncia do mensalão. Como vocês lerão no post abaixo deste, os petistas não querem agora controlar apenas a radiodifusão. Em seus planos, está meter as patas também nos jornais, nas revistas e na Internet, que não são concessões públicas (não que eu defenda o controle das outras).
A Executiva Nacional do partido, que havia desistido oficialmente da tese do controle da mídia, em encontro realizado no começo do mês passado, mudou de idéia e endossa, agora, o documento bucéfalo. Vale dizer: o Zé parou de conspirar no quarto do hotel, saiu do cafofo e, agora, conspira abertamente dentro do PT mesmo.
O texto faz questão de ressaltar os esforços de Lula no combate à corrupção e diz que sua continuidade depende da reforma política, o que é uma piada macabra. A proposta do partido para a dita-cuja reforça o que pode haver de pior no sistema proporcional de votos. Se o PT conseguir emplacar a sua tese, o que é ruim vai piorar. Já demonstrei isso aqui. O que motiva a crítica à faxina — e esse é um movimento combinado com o Babalorixá de Banânia — é o temor de que a demissão de alguns larápios acabe carimbando no governo Lula a pecha de “corrupto”.
A presidente também já afirmou que não aceita o controle da mídia, como quer o PT, o que é referendado pelo ministro Paulo Bernardo, que agora vem sendo atacado pela Al Qaeda Eletrônica criada ao tempo em que Franklin Martins era o ministro da Supressão da Verdade. Mas o Zé conseguiu. O documento do PT vai:
- atacar, na prática, a liberdade de imprensa e pressionar o Planalto a apoiar o “controle da mídia”;
- atacar a “faxina”, sugerindo que isso decorre da “conspiração midiática”;
- fazer um desagravo branco a Lula, numa espécie de recado velado a Dilma.
E, depois desses recados todos, vai cantar as glórias da presidente, é claro!
Por Reinaldo Azevedo

Nenhum comentário:

Postar um comentário