segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A verdade insofismável é que Dilma é ruim de serviço e angaria algumas simpatias só por não ser Lula; é um bom motivo, claro!, mas insuficiente. E a oposição baba na gravata



Reportagem de ontem de O Globo mostrou que o governo federal executou só 0,5% do programa “Minha Casa, Minha Vida” e que a liberação de recursos para algumas das principais promessas de Dilma Rousseff para este ano não chega a 10%. Vocês já cansaram de ver a lista e a conta neste blog, certo?
Se vocês clicarem aqui, encontram uma lista de links para textos que tenho escrito a respeito desse assunto desde, atenção!, 31 de janeiro deste ano. “Pô, Reinaldo, a mulher estava no poder havia apenas 31 dias, e você já estava cobrando cumprimento de promessas?” Não! Naquele texto, tratei daspromessas que ela já não havia cumprido como “gerentona” do governo Lula e listei aquelas que ela certamente não cumpriria como presidente — ou melhor: não cumprirá.
Além de 2 milhões de casas até 2014 (e vocês têm de se lembrar do outro milhão anunciado no governo Lula), a presidente prometeu para este ano:
3.288 quadras esportivas em escolas;
1.695 creches;
723 postos de policiamento comunitário;
2.174 Unidades Básicas de Saúde;
125 Unidades de Pronto Atendimento.
Pois bem, no “Minha Casa, Minha Vida”, executou-se apenas 0,5% do previsto; nos demais casos, a liberação não chega a 10%. Já demonstrei hque, no ritmo que o governo federal entrega as casas, serão necessários 26 anos para cumprir a promessa dos 3 milhões de moradias. Ontem, a Folha noticiou que, na base da pura canetada, a Infraero aumentou o número de passageiros/ano dos 13 aeroportos da Copa em estupendos 107 milhões. Foi assim, num estalo de dedos: “Ooops, erramos as contas!”
Ruim de serviço
A verdade insofismável é que Dilma é ruim de serviço pra chuchu. Já era, não custa lembrar.
1 - Foi a gerentona no governo Lula e assistiu impassível ao estrangulamento dos aeroportos. Nada fez! Ou melhor, fez, sim, uma coisa muito ruim: bombardeou as propostas de privatização. Depois teve de correr atrás do capital privado, na bacia das almas.
2 - O marco regulatório que inventou para a privatização das estradas federais enganou o Elio Gaspari direitinho — e todos os “gasparzinhos” que tentam imitá-lo—-, mas não conseguiu fazer o óbvio: duplicar rodovias, melhorar o asfalto, diminuir o número de vítimas. Cobra um pedágio “barato” para oferecer serviço nenhum. Ou seja: é caro demais! Um fiasco completo!
3- O Brasil foi escolhido para a sede da Copa do Mundo há 47 meses. Em apenas nove, de abril a dezembro de 2010, ela esteve fora do governo. Era a tocadora de obras de Lula e é a nº 1 agora. E o que temos? Seu governo quer uma espécie de AI-5 das Licitações para fazer a Copa. Quanto às obras de mobilidade, Miriam Belchior entrega o jogo: melhor decretar feriado.
4 - Na economia, há um certo clima de barata-voa. Posso não compartilhar das críticas, a meu ver exageradas, ao corte de meio ponto nos juros estratosféricos, mas isso não quer dizer que eu note um eixo no governo. A turma me parece até um tantinho apavorada. A elevação do IPI dos carros importados é um sinal de que estão seguindo a máxima de que qualquer caminho é bom para quem não sabe aonde vai. A Anfavaea foi mais eficiente no lobby. Cumpre aos outros setores fazer também o seu chororô. O único que vai perder é o consumidor…
5 - Na seara propriamente institucional, Dilma deixa que prospere o debate da reforma política como se ela não tivesse nada com isso. Parece Obama referindo-se aos políticos como “o pessoal de Washington”. Ela poderia dizer: “O pessoal de Brasília”…
6 - Abaixo, Ideli Salvatti, ministra das Relações Institucionais, afirma que o governo vai tentar, sim, um novo imposto para financiar a Saúde — a presidente prometeu de pés juntos que o governo não recorreria a esse expediente.
7 - As promessas na área social para seu primeiro ano de governo naufragaram, como se vê acima. Não vai entregar as UPAs, as quadras, as casas, os postos policiais…
Não obstante, a presidente tem angariado algumas simpatias mesmo em setores não exatamente entusiasmados com o petismo. É compreensível. A gigantesca máquina de propaganda, como sempre, atua com grande competência. Mas não responde sozinha pelo “sucesso”. A oposição no país, excetuando-se alguns guerreiros isolados, é sofrível, beirando o patético. Tornou-se refém dos pedidos de investigação das denúncias de corrupção. Como a presidente pôs na rua alguns valentes, mais fatura ela com a “faxina” dos que seus adversários com as acusações. Falta uma agenda — quando não sobra, sei lá como chamar, “adesismo tático” que se finge de estratégia.
O que pensam mesmo sobre as ações do governo os candidatos a líderes do PSDB? Parece que, no momento, organizam um seminário, ou coisa assim, para exumar as virtudes do Plano Real e coisa e tal. Eu sou o primeiro a afirmar, e o faço há uns 10 anos, que as conquistas do governo FHC têm de ser exaltadas — mas daí a transformar em aríete da luta política vai uma grande diferença. Como fica claro, é uma batalha que vem com 10 anos de atraso. O partido espera apresentar uma resposta para os problemas de 2011 quando? Em 2021? O DEM tem espasmos de acerto aqui e ali, mas consegue ser mais notícia tentando criar dificuldades para o PSD do que facilidades para si mesmo.
Como Dilma pode estar cercada de incompetentes, mas não de estúpidos — longe disso!—, percebeu que o desgaste junto ao tal “povão”, se vier, está distante, com o país funcionando quase a pleno emprego e ainda consumindo bem. A inflação preocupa, sobretudo porque é visível que eles não sabem o que fazer, mas nunca ninguém viu massas saindo às ruas por causa de 6,5% ou 7%. Como disse a ministra Ideli Salvatti na entrevista ao Estadão (ver abaixo), “a gente vai levando…” Os chamados setores médios estão sendo conquistados pela pose de austera da soberana, por seu decoro no poder — que é real se comparada a seu antecessor — e por não endossar certas boçalidades da tropa de choque lulo-petista no subjornalismo. Na ONU, ao falar de seu compromisso com o combate à corrupção, exaltou, e com justiça e justeza, o trabalho da imprensa — aquela mesma que a ala metaleira do PT quer debaixo de chicote.
Assim, uma das “virtudes” de Dilma consiste em não ser uma especuladora, não pessoalmente ao menos, contra as instituições, como é Lula. É claro que, estivéssemos com os meridianos democráticos bem-ajustados, a defesa que o Apedeuta fez, em pleno Palácio do Jaburu, de uma Constituinte só para fazer a reforma política — tese de óbvio sabor chavista — requereria uma fala da Soberana. Mas dela nada se cobra. Do mesmo modo, teria de falar se endossa o financiamento público de campanha do modo como o propõe seu partido: uma patranha para encher os cofres do PT e estrangular a oposição. Nada! Parece que o país em que se debate a reforma política não é aquele que ela preside.
Lá com os seus botões, Dilma deve pensar: “Governar o Brasil é bolinho; nem é preciso acertar. Eenfrentar a oposição é fácil; difícil é aturar a base aliada”…
Por Reinaldo Azevedo

domingo, 25 de setembro de 2011

A VERDADEIRA HERANÇA MALDITA

Por Sebastião Nery


1. – “O governo Dilma Roussef tem gigantescos desafios a enfrentar nos próximos anos. Sabe que administrar a herança que recebeu não será tarefa fácil. O populismo marqueteiro, de passado recente, gerador de entusiasmo enganoso, atingiu seu esgotamento. Os problemas afloram aos borbotões. Abstraio o lado político, onde o fisiologismo e o assalto aos recursos públicos assumiram proporções inimagináveis. Fixemo-nos nas questões econômicas e financeiras, que não nos remetem a ser otimistas”..

 2.“A estagnação das reformas estruturais, colocadas na prateleira do esquecimento no governo Lula, gerou a verdadeira “herança maldita” para o atual governo. Se pelo lado macroeconômico a situação é de o Brasil ter a mais elevada carga tributária dos países em desenvolvimento, acrescida da maior taxa de juros do planeta, agregada ao cambio hiper valorizado, tudo isso é responsável por nossa taxa de investimentos públicos ser ridícula”. 

                                               MARQUETEIROS 
 3. – “Se olharmos a infraestrutura o cenário é estarrecedor. Energia, transportes em todos os setores, portos, ferrovias, aeroportos defasados, determinam custos extravagantes para a economia produtiva, limitando o próprio desenvolvimento. Com a formação do capital humano não é diferente, a partir da educação, estendendo-se à saúde e o corolário do saneamento básico. Em contrapartida, investir bilhões de reais em estádios de futebol e afins para a Copa do Mundo passou a ser prioridade oficial”.    


 4. – “O brasileiro tem memória curta e cultiva enorme entusiasmo pelo Estado espetáculo. Nos últimos anos a imposição dos marqueteiros, com os seus devaneios, passou a ser programa planejado de governo. A visão construída é de festejar o curto prazo, o dia a dia, como se não existissem perspectivas de futuro. As ações publicitárias eleitorais vêm substituindo a ausência de planejamento do Estado ante os obstáculos que se avolumam na execução dos programas estruturais de responsabilidade do executivo. Administra-se com modorra o cotidiano, inexistindo projeto e programa de governo consistente que vislumbre o amanhã”. 
     
                                      

FHC ELOGIA DILMA EM SEU BLOG

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse, em texto publicado nesta sexta-feira (23) em seu blog, que a atitude da presidente Dilma Rousseff diante de supostos casos de corrupção "é melhor" do que a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Por isso, quando a Presidente Dilma reitera não aceitar a corrupção impune (mesmo que as circunstâncias políticas a forcem a fazer novas nomeações duvidosas), isso é melhor do que as permanentes tentativas de minimizar os alegados casos de corrupção como o fazia e ainda agora o fez novamente o ex-presidente Lula, lamentando que os ministros recém demitidos não tivessem 'casca dura' suficiente para resistir às pressões da sociedade", escreveu FHC.
O ex-presidente fez referência à suposta declaração de Lula de que "político tem que ter casco duro" e não pode "tremer" quando alguém disser alguma "coisa errada" sobre ele. A declaração foi dada na última terça-feira (20), em Salvador, onde o ex-presidente recebeu o título de doutor pela Universidade Federal da Bahia.

"Quando os dirigentes não têm força suficiente para acabar com o sistema distorcido em que vivemos, que ao menos por suas palavras e, mais, pelo exemplo, demonstrem que não são lenientes com o crime da malversação. É o mínimo que se pode esperar de quem tem responsabilidades públicas, esteja ou não no exercício de mandatos", afirmou FHC no blog.
No texto, Fernando Henrique Cardoso afirma que a corrupção se tornou "pressuposto e condição para a 'governabilidade'", o que não deveria, na opinião dele, absolver os infratores. Ele prega a necessidade de diminuir o custo das campanhas e defende, para isso, a adoção do voto distrital, "com todas as dificuldades que possam existir para sua implantação".
G1-Brasília

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Por mais decência na política, voto distrital!

Leia artigo publicado ontem no Globo, de autoria do sociólogo Luiz Felipe Dávila, presidente do Centro de Liderança Pública, sobre o voto distrital.

*
Para mudar o Congresso

Não há sistema eleitoral perfeito. Se existisse, todos os paises democráticos teriam adotado as mesmas regras que definem a conversão de votos dos eleitores em representação política de candidatos e partidos. Nem o voto distrital nem o voto proporcional são capazes de eliminar a corrupção, a imoralidade e o desperdício de dinheiro público que se tornaram endêmicos no país. O único antídoto eficaz contra esses males é a criação de instituições democráticas fortes e confiáveis que garantam a liberdade individual e o respeito ao estado de direito; o resto são eufemismos para diminuí-los, em nome do “bem comum”. Portanto, quando analisamos reforma política, é fundamental compreender se ela fortalece ou enfraquece as instituições democráticas.
A reforma política que tramita na Câmara vislumbra criar um sistema eleitoral inusitado. Trata-se do voto proporcional misto com lista fechada. Em nome do “bem comum”, caçariam o nosso direito de escolher os deputados, obrigando-nos a votar apenas no partido. Os candidatos seriam selecionados pela cúpula partidária, o que asseguraria a eleição permanente dos caciques da legenda; eles encabeçariam o topo da lista partidária e teriam cadeira cativa na Câmara. Em nome do “bem comum”, seria instituído o financiamento público de campanha. Seremos convocados a pagar todas as campanhas políticas com o dinheiro dos nossos impostos. Renunciaríamos a parte dos recursos que financiam a saúde, a segurança e a educação pública para custear as campanhas políticas. Não seria uma surpresa se criassem mais um imposto - a CPMF das Eleições. Mas os defensores desta proposta alegam que a preservação do “bem comum” requer o sacrifício da liberdade de escolha do eleitor e da utilização dos nossos impostos para criarmos um sistema eleitoral capaz de fortalecer os partidos e de diminuir o peso do poder econômico nas eleições.
Na direção oposta, propomos a substituição do sistema atual pelo voto distrital. No novo sistema, cada Estado seria dividido em distritos com algumas centenas de milhares de eleitores; cada distrito elegeria um único deputado pelo voto majoritário de seus eleitores. Desta forma, o voto distrital prioriza o fortalecimento das instituições democráticas, atacando o problema central que vem corroendo a credibilidade do Poder Legislativo: a falta de responsabilização - accountability - dos nossos deputados. Hoje, apenas 36 dos 513 deputados federais se elegem com voto próprio; a maioria necessita das artimanhas do voto da legenda, das coligações partidárias e das celebridades que “puxam” votos para conquistar uma cadeira no Congresso. O voto distrital acaba com o deputado “genérico” que vaga pelo Estado em busca de votos e que prioriza os interesses corporativistas. Gostaria de ver um parlamentar aumentar o seu próprio salário ou votar o aumento de imposto e voltar ao seu distrito para prestar contas aos seus eleitores. O voto distrital permite ao eleitor cobrar e fiscalizar o seu representante e julgar com mais propriedade o seu desempenho no Congresso. A reeleição do deputado dependerá exclusivamente dos seus feitos; não há coeficiente eleitoral ou legenda partidária que irão livrá-lo da derrota nas urnas se o seu desempenho político for rejeitado pelo eleitor.
Precisamos de uma reforma política que dê mais poder ao eleitor de fiscalizar e cobrar o seu parlamentar e que aumente significativamente a responsabilização individual da atuação do parlamentar. Esta combinação ajudará a resgatar a credibilidade e o prestígio do Legislativo. Hoje, temos um Congresso submisso aos interesses das corporações e distante da população - 70% dos eleitores não se recordam em quem votaram para deputado. O sistema atual colaborou para eliminar o equilíbrio constitucional entre os Três Poderes, criando um Poder Executivo anabolizado e um Legislativo atrofiado. Precisamos de um Congresso forte e independente que represente os interesses dos eleitores e que seja capaz de servir de contrapeso ao Executivo. O voto distrital não é a solução para todos os problemas, mas ele contribuirá para distinguirmos o joio do trigo no Congresso. Isso não é pouca coisa. O êxito da reforma política depende da pressão e da mobilização da sociedade. Assine e participe do Movimento “Eu Voto Distrital”www.euvotodistrital.org.br.
Por Reinaldo Azevedo

LULA QUER É ESCONDER OS DOADORES DE CAMPANHA.


Constituinte para fazer reforma é o método a que recorreram, deixem-me ver… Hugo Chávez, Evo Morales e Rafael Correa… Só gente com vocação para ditador propõe um estupidez como essa. Assembléias constituintes são instaladas quando se tem um rompimento pra valer da ordem legal. É o caso?
A reforma de Lula não poderia ser mais perniciosa para o Brasil. O voto proporcional  misto tornará péssimo o que é ruim. Além de carregar todos os vícios do modelo em curso, ainda cassa do eleitor o direito de escolher metade da Câmara. A proposta do financiamento público, como já escrevi há tempos, seria só uma idéia com cascos e orelhas grandes, que afronta a lógica, não fosse uma pilantragem política. Se, hoje, mesmo com a lei permitindo doações privadas, já se faz caixa dois, adivinhem o que aconteceria se elas fossem proibidas.
Segundo sua proposta de financiamento público, a maior parte do dinheiro seria distribuída segundo as bancadas da Câmara definidas na eleição anterior — vale dizer: seria mel na sopa para o PT. Ora, a proposta pretende congelar uma vantagem e projetá-la no futuro. Digam-me: e se um determinado partido, com uma grande bancada, fizer um governo desastroso e passar a ser repudiado pela opinião pública? Mesmo assim será o grande destinatário dos recursos públicos com base no que aconteceu há quatro anos? Será premiado pelas bobagens que fez?
Todas as pessoas que se sentem compelidas a se manifestar contra a corrupção deveriam refletir bastante sobre as ações de Lula. Sua proposta de reforma política é a quintessência de um modelo corrupto. Não há reforma decente que não passe por um estreitamento da relação entre representante e representado. O Apedeuta, de casco duro, quer exatamente o contrário. Por isso, avalie as vantagens do voto distrital e combata esse verdadeiro assalto ao bolso e à moralidade política que é o financiamento público de campanha.
Por Reinaldo Azevedo

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

ITIÚBA ESTÁ ACORDANDO APÓS 07 ANOS ENGESSADA.

Hoje dia 21 de setembro de 2011, assisto uma passeata reivindicando direitos do professores e outras classes de servidores públicos municipais . Passeata sem bandeiras políticas, simplesmente o povo unindo-se a reivindicação de direitos garantidos.
Onde foram parar os Direitos dos servidores?
São muitas as reivindicações.
Retorno com mais informações.
PARABÉNS ITIUBENSES.
VENCER O MEDO É LUTAR!!!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A SOCIEDADE CIVIL CLAMA!!!

Por que apenas na Avenida Paulista?
E a AV. Rio Branco, no RJ? E o Eixão, de Brasília? E as principais avenidas ao menos nas capitais?
Tem que ser um movimento nacional.
Sugiro 15 de novembro.
Aqui na Bahia no Campo Grande!
Cada pessoa poderia carregar um cartaz com qualquer dos itens citados abaixo, que seriam somados e ordenados ao fim por número de escolhas.

Eu perderia uma manhã de feriado para participar disso.
E você?
 A guerra contra o mau político, e contra a degradação da nação está começando. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos têm acontecido, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos próprios filhos! Estamos de olhos bem abertos e dispostos a fazer tudo o que for preciso, para mudar o rumo deste abuso.

Todos os ''governantes'' do Brasil até aqui, falam em cortes de despesas - mas não dizem quais despesas - mas, querem o aumentos de impostos como se não fôssemos o campeão mundial em impostos.
Nenhum governante fala em:

1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, 14º e 15º salários etc.) dos poderes da República;

2. Redução do número de deputados da Câmara Federal, e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países sérios. Acabar com as mordomias na Câmara, Senado e Ministérios, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do povo;

3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego;

4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de reais/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.

5. Acabar com o Senado e com as Câmara Estaduais, que só servem aos seus membros e aos seus familiares. O que é que faz mesmo uma Assembleia Legislativa (Câmara Estadual)? 

6. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? E como não são verificados como podem ser auditados?

7. Redução drástica das Câmaras Municipais e das Assembléias Estaduais, se não for possível acabar com elas.
 8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas atividades; Aliás, 2 partidos apenas como os EUA e outros países adiantados, seria mais que suficiente.

9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc.., das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;

10. Acabar com os motoristas particulares 24 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, as ex-famílias...

11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado;

12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.;

13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados e respectivas estadias em  em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes;

14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós que nunca estão no local de trabalho). HÁ QUADROS (diretores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE CONSULTORIAS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES....;

15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir aos apadrinhados do poder - há hospitais de cidades com mais administradores que pessoal administrativo... pertencentes Às oligarquias locais do partido no poder...

16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar;

17. Acabar com as várias aposentadorias por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo LEGISLATIVO.

18. Pedir o pagamento da devolução dos milhões dos empréstimos compulsórios confiscados dos contribuintes, e pagamento IMEDIATO DOS PRECATÓRIOS judiciais;

19. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os ladrões que fizeram fortunas e adquiriram patrimônios de forma indevida e à custa do contribuinte, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controle, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efetivamente dela precisam;

20. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efetivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida;

21. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.

22. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu patrimônio antes e depois.

23. Pôr os Bancos pagando impostos e, atendendo a todos nos horários do comércio e da indústria.

24. Proibir repasses de verbas para todas e quaisquer ONGs.
25Fazer uma devassa nas contas do MST e similaresbem como no PT(Partido dos Trambiqueirose demais partidos políticos.
26.REVER imediatamente a situação dos Aposentados FederaisEstaduais eMunicipaisque precisam muito mais que estes que vivem às custas dosbrasileiros trabalhadores edos Próprios Aposentados.
27. REVER as indenizações milionárias pagas indevidamente aos "perseguidos políticos" (guerrilheiros).
28. AUDITORIA sobre o perdão de dívidas que o Brasil concedeu a outros países.
29. Acabar com as mordomias  (que são abusivas) da aposentadoria do Presidente da República, após um mandato, nós temos que trabalhar 35 anos e não temos direito a carro, combustível, segurança ,etc.
30. Acabar com o direito do prisioneiro receber mais do que o salário mínimo por filho menor, e, se ele morrer, ainda fica esse beneficio para a família.  O prisioneiro deve trabalhar para receber algum benefício, e deveria indenizar a família que ele prejudicou.
31. Acabar com "assessores" de parlamentares do Congresso que moram em outros Estados sem nada fazerem a não ser dar carteiradas no 
trânsito.
32. Revisão imediata dos salários do judiciário e os seus pagamentos extraordinários a títulos inventados e só para eles.
33- Acabar com a possibilidade dos juízes contratarem parentes e amigos.
34. Ao final de cada mandato parlamentar verificação compulsória das contas correntes dos políticos e responsabilização por transações de valores incompatíveis com os salários.
35 - CORTAR PELA METADE O NÚMERO DE VEREADORES, DEPUTADOS E SENADORES E TAMBÉM MINISTÉRIOS. TEM POLÍTICO DEMAIS PARA GANHAR MUITO E FAZER NADA.   
''O QUE ME INCOMODA NÃO É O GRITO DOS MAUS, E SIM, O SILÊNCIO DOS BONS''  (Martin Luther King)
 
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   FRASE TRISTE QUE - SAIU NO JORNAL ESPANHOL "EL PAÍS".
 
“Que país é este que junta milhões numa marcha gay, outros milhões numa marcha evangélica, muitas centenas numa marcha a favor da maconha, mas que não se mobiliza contra a corrupção?”

(07/08/2011 Juan Arias, correspondente no Brasil do jornal espanhol El País)

sábado, 10 de setembro de 2011

A pergunta que não quer calar


Fiz hoje e tenho feito algumas críticas aos oposicionistas. É claro que há os combativos. Os leitores e aqueles inconformados com certo estado de coisas sabem muito bem quem são, onde estão e o que estão fazendo.
Estou me referindo a certos tipos que acreditam que a eleição de 2014 vai se definir nos conchavos de agora e na base da cooptação de partidos que hoje integram a base aliada.
Ora, os que estão com o lulo-petismo sabem muito bem por que estão, o que pediram e o que receberam. Qual é a proposta dos conchavistas? Oferecer o mesmo?
Deixem-me ver se entendi: querem mudar o Brasil com a mesma turma e recorrendo aos mesmos métodos? E por que mudaria? Os canalhas de agora passariam a ser éticos sob nova direção? Essa gente está por fora!
Vão lá brincar de ficar nomeando Ana Arraes para o TCU — enquanto os inconformados estão nas ruas — como parte da estratégia para 2014… Vão… Na hora certa, o povo lhes dará uma banana! Sabem por quê? Porque isso é insuportavelmente velho!
Por Reinaldo Azevedo

Duas ou três coisas que eu sei sobre os protestos contra a corrupção. Ou: Cuidado, senhores donos da oposição: vocês estão ficando moralmente velhos!

Eu não posso, infelizmente, criar um “Manual para Compreender Ironias, Linguagem Figurada e Sarcasmos Sutis”. Sabem por quê? O sentido de uma ironia está mais no receptor do que no emissor; depende de algumas precondições que não são da minha escolha… Se escrevo que as manifestações de ontem foram organizadas pelo “MSP” — o “Movimento dos Sem-Político” —, é evidente que não estou anunciando a criação de um grupo formal ou algo assim. Estou é dizendo que os protestos não nasceram de nenhuma força organizada de oposição.  Na verdade, se notaram, a oposição ficou longe das ruas. Estava negociando a nomeação da deputada Ana Arraes (PSB-PE), mãe do governador “governista” de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), para o TCU, porque isso, para 2014, será importante blá, blá, blá, blá, blá, blá… Quem ainda tem saco pra isso? O toma-lá-dá-cá de sempre, o minueto asqueroso habitual…  O TCU é um órgão de vigilância e assessoramento do Legislativo; o cargo está sendo negociado segundo as ambições dos que pretendem chegar ao Executivo.
Também não me apresentei como “líder” de nada. Era só o que faltava! Eu estimulo protesto contra o governo desde os 14 anos, desde quando isso rendia borrachadas e dava cadeia; desde quando fui “fichado” no Dops… Nem tinha barba ainda… No caso do governo petista em particular, bem, não acho que seja o caso de exibir credenciais, não é? Quanto à crítica de que o PT não inventou a corrupção… Huuummm… Escreverei a respeito em outro post. Não mesmo! Nem isso o PT inventou! A sua originalidade está em outro lugar. Já digo.
Escrevi, e sustento, que começa a surgir uma sincera indignação entre os brasileiros com o atual estado de coisas. Há algo novo por aí. Se vai dar em alguma coisa, não sei. Não sou adivinho. É claro que o Facebook ou o Twitter não substituem movimentos organizados para interferir no poder. Eles são um primeiro momento, o chamamento. Achar que as redes sociais fizeram a “revolução” no Egito ou na Líbia é uma tolice. A transformação efetiva requer ações organizadas, sim. Mas podemos estar diante de um primeiro momento; afinal, esses são os canais por meio dos quais milhares de pessoas podem e devem expressar seu inconformismo. Nas tiranias árabes, esses foram os primeiros canais da indignação porque inexistem instituições, liberdade, sociedade civil organizada etc. No Brasil, também recebem o primeiro grito de inconformismo porque os canais da democracia estão obstruídos ou pelo formalismo babaca das oposições oficiais ou pelo aparelhamento dos movimentos sociais promovidos pelas esquerdas.
AS PESSOAS DE VERDADE, VOCÊS, NÃO DISPÕEM DE OUTROS MEIOS PARA DIZER O QUE PENSAM. Se vocês forem procurar a associação de moradores do bairro, é bem possível que ela esteja aparelhada pela petezada. Essa gente aparelha até velório e batizado.
Uma coisa é certa: o que se viu ontem nas ruas incomodou muita gente — e não só do governo. Até mesmo certas lideranças da “oposição” que tinham como grande estratégia cooptar o PMDB, o PSB e afins para “mudar o Brasil” — com as mesmas companhias que fazem o Brasil que aí está — perceberam que estão ficando irremediavelmente velhas.
Não é um problema de idade cronológica. É UM PROBLEMA DE IDADE MORAL.
Por Reinaldo Azevedo

ESTÁ CRIADO O MSP, O MOVIMENTO DOS SEM-POLÍTICO! INDIVÍDUOS LIVRES GANHAM AS RUAS! CUMPRE A CADA UM ROMPER O CERCO DA EMPULHAÇÃO E DA MÁQUINA OFICIAL DE PROPAGANDA


Os sem-partido, sem-bando e sem-bandeira vermelha, mas com vergonha cara, protestam em Brasília, em foto de Eraldo Peres, da AP
Os sem-partido, sem-bando e sem-bandeira vermelha, mas com vergonha cara, protestam em Brasília, em foto de Eraldo Peres, da AP
No dia em que milhares de brasileiros saíram às ruas para protestar contra a corrupção, a UNE não saiu, não!
É que a UNE estava contando dinheiro.
O governo petista já repassou aos pelegos mais de R$ 10 milhões e vai dar outros R$ 40 milhões para eles construírem uma sede de 13 andares, que serão ocupados pelo seu vazio de idéias, pelo seu vazio moral, pelo seu vazio ético.
No dia em que milhares de brasileiros saíram às ruas para protestar contra a corrupção, a CUT não saiu, não!
É que a CUT estava contando dinheiro.
O governo petista decidiu repassar para as centrais sindicais uma parte do indecoroso imposto cobrado mesmo de trabalhadores não-sindicalizados. Além disso, boa parte dos quadros das centrais exerce cargos de confiança na máquina federal.
No dia em que milhares de brasileiros saíram às ruas para protestar contra a corrupção, o MST não saiu, não!
É que o MST estava contando dinheiro.
O movimento só existe porque o governo o mantém com recursos públicos. Preferiu fazer protestos contra a modernização da agricultura.
No dia em que milhares de brasileiros saíram às ruas para protestar contra a corrupção, os ditos movimentos sociais não saíram, não!
É que os ditos movimentos sociais estavam contando dinheiro.
Preferiram insistir no seu estranho protesto a favor, chamado “Grito dos Excluídos”. Na verdade, são os “incluídos” da ordem petista.
Os milhares que saíram às ruas, com raras exceções, não têm partido, não pertencem a grupos, não reconhecem um líder, não seguem a manada, não se comportam como bando, não brandem bandeiras vermelhas, não cultuam cadáveres de falsos mártires nem se encantam com profetas pés-de-chinelo.
Os milhares que saíram às ruas estudam, trabalham, pagam impostos, têm sonhos, querem um país melhor, estão enfarados da roubalheira, repudiam a ignorância, a pilantragem, lutam por uma vida melhor e sabem que a verdadeira conquista é a que se dá pelo esforço.
Os milhares que saíram às ruas não agüentam mais o conchavo, têm asco dos vigaristas que tomaram de assalto o país, não acreditam mais na propaganda oficial, repudiam a política como exercício da mentira, chamam de farsantes os que, em nome do combate à pobreza, pilham o país, dedicam-se a negociatas, metem-se em maquinações políticas que passam longe do interesse público.
O MSP - O Movimento dos Sem-Político
Vocês viram que os milhares que saíram às ruas estavam acompanhados apenas de seus pares, que, como eles, também saíram às ruas. Era o verdadeiro Movimento dos Sem-Político. Não que eles não pudessem aparecer por ali. O PSOL até tentou “embandeirar” os protestos, mas os presentes não aceitaram. Aquele era um movimento das ruas, não dos utopista do século retrasado, que ainda vêm nos falar, santo Deus!, de “socialismo com liberdade”.
Se políticos aparecessem para também protestar  — não para guiar o povo —, teriam sido bem-recebidos, mas eles não apareceram porque nem se deram conta ainda de que alguma coisa está em gestação, de que um movimento está em curso, de que algo se move no ventre da sociedade brasileira.
Na semana em que milhares de brasileiros evidenciavam nas redes sociais e nos blogs e sites jornalísticos que estão enfarados de lambança, governistas e oposicionistas estavam mantendo conversinhas ao pé do ouvido para tentar preencher a próxima vaga do Tribunal de Contas da União. A escolha do nome virou parte das articulações para a disputa pela Presidência da República em 2014… Governistas e oposicionistas que se metem nesse tipo de articulação, da forma como se dá, não estão percebendo que começa a nascer um movimento, que já reúne milhares de pessoas, que não mais aceita esse minueto de governistas arrogantes e oposicionistas espertalhões. Essa gente, de um lado e de outro, ficou irremediavelmente velha de espírito.
Os caras-pintadas, desta feita, não puderam contar com a máquina dos governos de oposição, como aconteceu com o Movimento das Diretas-Já e do impeachment de Collor. Ontem, e assim será por um bom tempo, eram as pessoas por elas mesmas. Sim, algo se move na sociedade. E é inútil se apresentar para “dirigir” o movimento. Marina Silva até percebeu a onda, mas errou ao apostar que os outros não perceberam a sua onda. Esse movimento, dona Marina, não nasce com assessoria de imprensa, assessoria de imagem, assessoria política e forte suporte financeiro. O seu apartidarismo, candidata, é transitório; o dos brasileiros que foram às ruas é uma condição da liberdade.
O maior em nove anos
Os milhares que saíram às ruas ontem, tratados com desdém nos telejornais, fizeram a maior manifestação de protesto contra o “regime petista” em seus nove anos de duração. E algo me diz que vai continuar e tende a crescer. Pagamos um dos maiores impostos do mundo para ter um dos piores serviços públicos do mundo. Sustentamos os políticos que estão entre os mais caros do mundo para ter uma das piores classes políticas do mundo. Temos, acreditem, uma das educações mais caras do mundo para ter uma das piores escolas do mundo. Temos um dos estados mais fortes do mundo para ter uma das maiores cleptocracias do mundo.
O Movimento dos Sem-Partido não rejeita a democracia dos partidos — até porque, sem eles, só existe a ditadura do Partido Único —, mas quer saber se alguém se dispõe efetivamente a romper esse ciclo de conveniências e conivências. Os milhares que foram às ruas desafiaram o risco de ser demonizados pelos esbirros do oficialismo. Perderam o medo.
Sim, em passado nem tão recente, em 2007, um grupo tentou organizar uma reação à corrupção, que se generalizava. Não chegou a crescer como este de agora, mas se fez notar. Tinha uma espécie de palavra-chave para identificar os indignados: “Cansei!” O movimento foi impiedosamente ridicularizado. Escrevi a respeito à época. Foi tratado como coisa de dondocas, de deslumbrados insatisfeitos com o que se dizia ser a “democratização” do Brasil. Houve estúpidos que afirmaram que eram ricos que não suportavam ver pobres nos aviões — como se o caos aéreo punisse apenas os endinheirados.
A menor tentativa de esboçar uma reação aos desmandos dos ditos “progressistas” era tratada a pauladas. Na Folha, Laura Capriglione chegou a ridicularizar uma passeata de estudantes da USP, feita no campus da universidade, que protestavam contra as greves. Os que queriam estudar foram tratados como um bando de reacionários. Os indignados com a corrupção e com a mistificação perderam o medo.
Enfrentar a desqualificação
A tentativa de desqualificação virá — na verdade, já veio. Veículos a soldo, dedicados ao subjornalismo oficialista, alimentado com dinheiro público, já fazem pouco caso das manifestações. As TVs ontem deram menos visibilidade aos protestos do que dariam a uma manifestação de descontentamento no, deixe-me ver, Bahrein! Parece que há gente que acha que democracia é uma coisa importante no Egito, na Líbia e na Síria, mas não no Brasil.
É inútil! Os milhares que foram às ruas ontem não precisam da oposição, não precisam do subjornalismo, não precisam do jornalismo simpático às manifestações de protesto do Iêmen… A dinâmica hoje em dia é outra.
Que os sem-partido, sem-grupos, sem-líder, sem-bando, sem-bandeiras vermelhas, sem-mártires e sem-profetas insistam. A oposição, se quiser, que se junte. Quem sabe até ela aprenda a ser livre e também diga com clareza: “Não, vocês não podem!”
Por Reinaldo Azevedo

Movimento Contra a Corrupção cresce nas redes sociais, e novas manifestações são marcadas

Por Tatiana Farah, no Globo:
O analista de RH Saulo Resende já avisou ao pai, atônito com a atuação do filho no protesto contra a corrupção desta quarta-feira: “Eu não vou parar”. Com outros 40 “amigos” conhecidos na manifestação da avenida Paulista, lançou no Facebook uma comunidade apartidária para o próximo passo do grupo: uma manifestação nacional no feriado de 12 de outubro. “Meu pai ficou preocupado porque, em sua juventude, nos anos 70, viu o que ocorreu a quem protestava. Mas hoje o país está diferente.”
Diferente mesmo: as manifestações são organizadas pelas redes sociais e só depois ganham as ruas. De volta à frente dos computadores, os jovens arquitetam novos atos para fortalecer o movimento. Entre os organizadores, estão estudantes, profissionais liberais e grupos impensáveis em uma mesma mesa: a ala jovem da maçonaria e os hackers do grupo Anonymous, que apavoraram as autoridades abrindo caixas de email. Os organizadores partem de grupos diferentes, como os “caras pintadas” e os jovens do “Dia do Basta”. Tintas coloridas para alguns, máscara do personagem anárquico “V” para outros e cartazes de protesto para todos.
“Fomos espalhando a informação porque a rede social permite esse tipo de movimento”, diz o ator e comunicador social Felipe Mello, para quem não houve um estopim para os protestos: “O que há é um esgotamento da paciência. Só há crime, não há castigo.”
Embora majoritariamente formado por jovens, o movimento não contou com a presença da União Nacional dos Estudantes (UNE) em nenhuma das capitais. O presidente da entidade, Daniel Iliesco, disse ao GLOBO que a entidade participou no mesmo dia do tradicional Grito dos Excluídos. “Mas a gente entende que esse movimento tende a se aprofundar. É muito espontâneo e, assim como outros movimentos, achamos que é fundamental que se aprofunde mesmo.”
Segundo Daniel, a UNE “está centrando esforços” em outra manifestação, com as entidades de professores, que deve ser realizada no final de outubro, mas que, se for convocada, a entidade deve apoiar a mobilização de 12 de outubro.
Por Reinaldo Azevedo

Pra cima com a viga, moçada! Vocês são os melhores repórteres e os melhores analistas de seu próprio tempo.

É incrível!
A ausência de bandeiras vermelhas nos protestos contra a corrupção deixou alguns analistas desorientados. É notória a má vontade com que tratam o movimento, como se ele já nascesse marcado pela suspeição. Afinal, se as tais bandeiras não estão lá para assegurar que aqueles que se manifestam, ainda que possam ser um tanto equivocados, são pessoas de bem, logo surge a suspeita de que tudo não passe de um desses “moralismos” da tão odiada — por alguns colunistas de jornal — classe média, que é quem compra… jornal (ainda que na versão eletrônica). Esses caras adoram escarrar na boca daqueles que os beijam… A impressão que dá é que não podem levar a sério gente que os lê — é uma variante do marxismo da linha grouchista…
Já demonizaram um movimento uma vez, o tal “Cansei”, que protestava contra a corrupção, os desmandos e a incompetência. A alegação é que havia no meio alguns ricos e colunáveis… Segundo entendi, ricos e colunáveis podem se filiar ao PT, e os há aos montes, mas não protestar contra o PT. Uma atitude é “progressista” e encanta; a outra, reacionária. Agora, há uma certa ansiedade para saber quem está indo às ruas. A atitude é de prudência. Nada que possa ser confundido com apoio! Nunca! O maior temor da esquerda é se sentir superada por algum movimento fora de seu controle.
Fico, realmente, muito impressionado. QUEREM, COM UMA CURIOSIDADE SOCIOLÓGICA QUASE POLICIAL, SABER QUEM SÃO ESTAS PESSOAS QUE ESTÃO INDO ÀS RUAS, MAS NÃO QUEREM SABER POR QUE ELAS ESTÃO INDO ÀS RUAS.
A razão da suspicaz hesitação e da pergunta errada é uma só: caso não considerem os manifestantes “progressistas” o bastante, então os motivos deixam de ser importantes. Essa gente pode conviver com corruptos, mas jamais com “direitistas” ou com quem não tem os teores mínimos exigidos de esquerdismo.
Isso tem história. Indivíduos que não pertençam a uma das corporações de ofício da sociedade da reclamação e da mobilização simplesmente NÃO EXISTEM! Ora, não foi esse escriba que lembrou aqui dia desses que um dos países do mundo que mais torturam presos comuns — O BRASIL! — já torrou quase R$ 5 bilhões para indenizar vítimas (bem poucas) e supostas (a esmagadora maioria) vítimas da ditadura? Usei, então, a expressão “presos sem pedigree”. É isto: o Brasil é um país livre da tortura de presos com pedigree. Quem liga para os outros? No fundo, esses “humanistas” não dão a menor pelota se um ser humano está ou não sendo seviciado. Eles não aceitam é a tortura de seus aliados. Não aceitam é que se torturem as pessoas erradas…
Algo similar se vê agora com os protestos contra a corrupção. Faltaram o pedigree esquerdista — as bandeiras vermelhas — e a tal pauta de libertação dos oprimidos de manual. Parece-lhes insuportável que pagadores de impostos tenham a audácia de se manifestar. Em vez de gritar em nome da “igualdade” — afinal, quem é contra ela? —, cobram o cumprimento da lei; em vez de exigir privilégios sob o pretexto de compensações históricas, exigem, esta sim, igualdade perante a lei. Não! isso lhes parece suspeito demais!
Recomendo àqueles que estão dispostos a levar adiante a sua indignação que não se deixem intimidar pela patrulha, que resistam à onda de desqualificação, que dêem uma solene banana para os esbirros do oficialismo. As televisões praticamente esconderam a grande manifestação de Brasília, e os filmes do protesto, no entanto, já se multiplicaram aos milhares na rede. Hoje em dia, decretos de invisibilidade perderam a eficácia.
Pra cima com a viga, moçada! Vocês são os melhores repórteres e os melhores analistas de seu próprio tempo.
Por Reinaldo Azevedo