12/05/2012
às 6:51
Agora
falemos um pouco de internauta pra internauta. Estamos entre aqueles que
prezam o debate na rede e consideram que uma das conquistas da Internet
é possibilitar que indivíduos tenham uma voz. Achamos que isso é um
valor, certo? Pois é… Ocorre que petistas resolveram recorrer a
estratagemas essencialmente antiéticos para fraudar a legitimidade desse
debate. Ou por outra: milhões de indivíduos Brasil afora, especialmente
os usuários do Twitter, estão sendo enganados, manipulados, submetidos a
uma patrulha política e ideológica. Leiam reportagem na VEJA desta
semana e saibam no detalhe como se opera a fraude. Abaixo, seguem bons
trechos da reportagem. Não deixe de ler a íntegra na edição impressa,
que traz um quadro com todos os caminhos da malandragem.
*
A internet aceita tudo. Chantagistas contrariados fazem circular fotos de atrizes nuas (vide o caso Carolina Dieckmann), revelam características físicas definidoras (”minimocartaalturareal1m59cm”), apelidam sites com artigos do Código Penal (”171″, estelionato) e referenciam-se em doenças venéreas – por exemplo, na sífilis (grave doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum) – para formar sufixos de nomes.
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A internet aceita tudo. Chantagistas contrariados fazem circular fotos de atrizes nuas (vide o caso Carolina Dieckmann), revelam características físicas definidoras (”minimocartaalturareal1m59cm”), apelidam sites com artigos do Código Penal (”171″, estelionato) e referenciam-se em doenças venéreas – por exemplo, na sífilis (grave doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum) – para formar sufixos de nomes.
É lamentável
sob todos os aspectos que uma inovação tecnológica produzida pelo
engenho, pela liberdade criativa e pela arte, combinação virtuosa só
possível sob o sistema democrático capitalista, baseado na inovação, na
economia de mercado e na livre-iniciativa, tenha nichos dominados por
vadios, verdadeiros limbos digitais onde vale tudo – da ofensa pura e
simples a tentativas de fraudar a boa-fé dos usuários.
(…)
A rede mundial é descentralizada, não possui um comando único nem um mecanismo de regulação. Falta-lhe uma cabeça como, talvez, a do atual presidente do PT, Rui Falcão, alguém com estatura moral, motivações nobres, enfim, mão forte para fazer baixar, em nível planetário, um pouco de ordem e respeito sobre esse reino virtual tão vulnerável.
(…)
Assim como a engenharia genética pode modificar aquilo que surgiu espontaneamente na natureza, a computação pode alterar o destino de uma ideia lançada na rede. Nesse caso, o produto é invariavelmente um monstro, porque esse processo não apenas viola regras explícitas de uso das comunidades virtuais, mas também corrompe os princípios da livre troca de informações e opiniões na internet. É virtualmente impossível saber quem programou um robô malicioso – e isso envenena ainda mais as águas e mina as bases da comunicação de boa-fé na rede. Mas é possível flagrar o seu uso.
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A rede mundial é descentralizada, não possui um comando único nem um mecanismo de regulação. Falta-lhe uma cabeça como, talvez, a do atual presidente do PT, Rui Falcão, alguém com estatura moral, motivações nobres, enfim, mão forte para fazer baixar, em nível planetário, um pouco de ordem e respeito sobre esse reino virtual tão vulnerável.
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Assim como a engenharia genética pode modificar aquilo que surgiu espontaneamente na natureza, a computação pode alterar o destino de uma ideia lançada na rede. Nesse caso, o produto é invariavelmente um monstro, porque esse processo não apenas viola regras explícitas de uso das comunidades virtuais, mas também corrompe os princípios da livre troca de informações e opiniões na internet. É virtualmente impossível saber quem programou um robô malicioso – e isso envenena ainda mais as águas e mina as bases da comunicação de boa-fé na rede. Mas é possível flagrar o seu uso.
A situação
se torna preocupante quando os robôs que fraudam um serviço como o
Twitter são postos a serviço da propaganda ideológica. E piora ainda
mais, ganhando os contornos da manipulação política, quando eles
trabalham para divulgar teses caras ao partido que ocupa o poder. Isso,
infelizmente, começa a acontecer no Brasil. Nas últimas semanas, o
vazamento de informações da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, e a
subsequente instauração de uma CPI para investigar o contraventor
Carlinhos Cachoeira puseram sangue nos olhos de certa militância
petista.
(…)
A artilharia de esquerda se voltou contra outro alvo de longa data: a imprensa independente, e VEJA em particular. Uma das estratégias adotadas foi a organização dos chamados tuitaços. (…) Em pelo menos quatro desses episódios ocorridos em abril, ou militantes e simpatizantes petistas marcaram data e horário de cada evento ou registraram em inglês o significado das hashtags utilizadas ou mandaram as mensagens iniciais dos tuitaços. (…)
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A artilharia de esquerda se voltou contra outro alvo de longa data: a imprensa independente, e VEJA em particular. Uma das estratégias adotadas foi a organização dos chamados tuitaços. (…) Em pelo menos quatro desses episódios ocorridos em abril, ou militantes e simpatizantes petistas marcaram data e horário de cada evento ou registraram em inglês o significado das hashtags utilizadas ou mandaram as mensagens iniciais dos tuitaços. (…)
Mas a
análise aprofundada desses episódios – e em especial daquele
identificado pelo marcador #vejabandida – mostra que dois artifícios
fraudulentos foram usados para fingir que houve adesão enorme ao
movimento. Um robô, que opera sob o perfil “@Lucy_in_sky_”, foi
programado para identificar mensagens de outros usuários que contivessem
os termos-chave dos tuitaços, replicando-as em seguida. Além disso,
entraram em ação “perfis-peões”, ou seja, perfis anônimos, com
pouquíssimos seguidores e muitas vezes criados de véspera, que replicam
sem parar mensagens de um único tema (ou melhor, replicam-nas até
atingir o limiar de retuítes que os tornaria visíveis aos mecanismos de
vigilância de fraudes do Twitter. Essas manobras para ampliar
artificialmente a visibilidade de uma manifestação na internet já
ganharam nome no marketing e na ciência política: astroturfing, palavra
derivada de Astro-Turf, marca americana de grama sintética que tenta se
vender como natural. O objetivo é sempre o mesmo: passar a impressão de
que existe uma multidão a animar uma causa, quando na verdade é bem
menor o número de pessoas na ativa.
Uma
amostragem de 5.200 tuítes recolhidos durante um dos tuitaços recentes
revelou que 50% das mensagens partiram de apenas 100 perfis – entre eles
robôs e peões, que ajudam a fazer número, mas não têm convicções. Da
China vem o exemplo mais alarmante desse tipo de fraude. O Partido
Comunista Chinês arregimenta pessoas encarregadas de manipular a opinião
pública, inundando a internet com comentários favoráveis ao governo.
Elas formam o chamado 50 Cent Party (Partido dos 50 Centavos), cujo nome
remete aos 50 centavos de iuane – ou 15 centavos de real – que cada
ativista supostamente recebe por post publicado.
Dos mesmos teclados alugados saem ataques à democracia de Taiwan, território reclamado por Pequim.
(…)
O presidente do PT tem um perfil ativo no Twitter, e com frequência ajuda a animar tuitaços. Pouco depois da ascensão de Falcão ao comando do partido, em 2011, o PT lançou o Núcleo de Militância em Ambientes Virtuais – as chamadas MAVs. Um dos auxiliares parlamentares de Falcão na Assembleia Legislativa de São Paulo, um funcionário público de 47 anos formado em geografia, recebeu no começo do ano a missão de selecionar um estrategista de mídias digitais para “refinar e profissionalizar” as ações do PT na internet – o que significa trazê-las para o âmbito de controle da direção do partido. A utilização massiva da internet, das redes sociais e de blogueiros amestrados faz parte das táticas de engodo e manipulação da verdade no Brasil. Internautas, fiquem de olho neles.
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O presidente do PT tem um perfil ativo no Twitter, e com frequência ajuda a animar tuitaços. Pouco depois da ascensão de Falcão ao comando do partido, em 2011, o PT lançou o Núcleo de Militância em Ambientes Virtuais – as chamadas MAVs. Um dos auxiliares parlamentares de Falcão na Assembleia Legislativa de São Paulo, um funcionário público de 47 anos formado em geografia, recebeu no começo do ano a missão de selecionar um estrategista de mídias digitais para “refinar e profissionalizar” as ações do PT na internet – o que significa trazê-las para o âmbito de controle da direção do partido. A utilização massiva da internet, das redes sociais e de blogueiros amestrados faz parte das táticas de engodo e manipulação da verdade no Brasil. Internautas, fiquem de olho neles.
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