segunda-feira, 28 de maio de 2012
Direita versus Esquerda
- Quando uma pessoa de direita não gosta de armas, não as compra.
- Quando uma pessoa de esquerda não gosta das armas, proíbe que você as possua.
- Quando uma pessoa de direita é vegetariana, não come carne.
- Quando uma pessoa de esquerda é vegetariana, faz campanha contra os
produtos à base de proteínas animais.
- Quando uma pessoa de direita é homossexual, vive tranquilamente a
sua vida como tal.
- Quando uma pessoa de esquerda é homossexual, faz um movimento com
alarde para que todos também se tornem homossexuais e os respeitem.
- Quando uma pessoa de direita é prejudicada no trabalho, reflete
sobre a forma de sair dessa situação e age em conformidade.
- Quando uma pessoa de esquerda é prejudicada no trabalho, levanta uma
queixa contra a discriminação de que foi alvo e vai à Justiça do
Trabalho pedir indenização por dano moral (e o pior:,,,,,, ganha!).
- Quando uma pessoa de direita não gosta de um debate transmitido pela
televisão, desliga a televisão ou muda de canal.
- Quando uma pessoa de esquerda não gosta de um debate transmitido
pela televisão, quer entrar na justiça contra os sacanas que dizem
essas sandices. Se for o caso disso, uma pequena queixa por difamação
será bem-vinda.
- Quando uma pessoa de direita é ateu, não vai à igreja, nem à
sinagoga e nem à mesquita.
- Quando uma pessoa de esquerda é ateu, quer que nenhuma alusão a Deus
ou a uma religião seja feita na esfera pública, exceto para o Islã
(com medo de retaliações provavelmente).
- Quando uma pessoa de direita, mesmo sem dinheiro disponível, tem
necessidade de cuidados médicos, vai ver o seu médico e, a seguir,
compra os medicamentos receitados.
- Quando uma pessoa de esquerda tem necessidade de cuidados médicos,
recorre à solidariedade nacional ou ao Sírio Libanês para tratar.
- Quando a economia vai mal, a pessoa de direita diz que é necessário
arregaçar as mangas e trabalhar mais.
- Quando a economia vai mal, a pessoa de esquerda diz que os sacanas
dos empresários, proprietários, etc... são os responsáveis e punem o país.
Teste final:
Quando uma pessoa de direita lê esse texto, o repassa.
Quando uma pessoa de esquerda lê esse teste, fica fulo da vida e não o
reenvia, além de querer processar e prender quem escreveu...
Segundo Margareth Tachter, o socialismo dura
enquanto durar o dinheiro dos outros!
Comportamento de Lula é indecoroso, avaliam ministros
28/05/2012
às 5:17
Por Rodrigo Haidar, no site Consultor Jurídico:
“Se ainda fosse presidente da República, esse comportamento seria passível de impeachment por configurar infração político-administrativa, em que um chefe de poder tenta interferir em outro”. A frase é do decano do Supremo Tribunal Federal, ministro Celso de Mello, em reação à informação de que o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tem feito pressão sobre ministros do tribunal para que o processo do mensalão não seja julgado antes das eleições municipais de 2012. “É um episódio anômalo na história do STF”, disse o ministro.
“Se ainda fosse presidente da República, esse comportamento seria passível de impeachment por configurar infração político-administrativa, em que um chefe de poder tenta interferir em outro”. A frase é do decano do Supremo Tribunal Federal, ministro Celso de Mello, em reação à informação de que o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tem feito pressão sobre ministros do tribunal para que o processo do mensalão não seja julgado antes das eleições municipais de 2012. “É um episódio anômalo na história do STF”, disse o ministro.
As informações sobre as pressões de Lula foram publicadas em reportagem da revista Veja
deste fim de semana. Os dois mais antigos ministros do Supremo — além
de Celso de Mello, o ministro Marco Aurélio — reagiram com indignação à
reportagem. Ouvidos neste domingo (27/5) pela revista Consultor
Jurídico, os dois ministros classificaram o episódio como “espantoso”,
“inimaginável” e “inqualificável”.
De acordo
com os ministros, se os fatos narrados na reportagem da semanal espelham
a realidade, a tentativa de interferência é grave. Para o ministro
Celso de Mello, “a conduta do ex-presidente da República, se confirmada,
constituirá lamentável expressão de grave desconhecimento das
instituições republicanas e de seu regular funcionamento no âmbito do
Estado Democrático de Direito. O episódio revela um comportamento
eticamente censurável, politicamente atrevido e juridicamente
ilegítimo”.
Já o
ministro Marco Aurélio afirmou que pressão sobre um ministro do Supremo é
“algo impensável”. Marco afirmou que não sabia do episódio porque o
ministro Gilmar Mendes, como afirmou a revista Veja, tinha
relatado o encontro com Lula apenas ao presidente do STF, ministro Ayres
Britto. Mas considerou o fato inconcebível. “Não concebo uma tentativa
de cooptação de um ministro. Mesmo que não se tenha tratado do mérito do
processo, mas apenas do adiamento, para não se realizar o julgamento no
semestre das eleições. Ainda assim, é algo inimaginável. Quem tem de
decidir o melhor momento para julgar o processo, e decidirá, é o próprio
Supremo”.
(…)
O ministro Celso de Mello lamentou a investida. ”Tentar interferir dessa maneira em um julgamento do STF é inaceitável e indecoroso. Rompe todos os limites da ética. Seria assim para qualquer cidadão, mas mais grave quando se trata da figura de um presidente da República. Ele mostrou desconhecer a posição de absoluta independência dos ministros do STF no desempenho de suas funções”, disse o decano do Supremo.
(…)
O ministro Celso de Mello lamentou a investida. ”Tentar interferir dessa maneira em um julgamento do STF é inaceitável e indecoroso. Rompe todos os limites da ética. Seria assim para qualquer cidadão, mas mais grave quando se trata da figura de um presidente da República. Ele mostrou desconhecer a posição de absoluta independência dos ministros do STF no desempenho de suas funções”, disse o decano do Supremo.
Para Marco
Aurélio, qualquer tipo de pressão ilegítima sobre o STF é intolerável:
“Julgaremos na época em que o processo estiver aparelhado para tanto. A
circunstância de termos um semestre de eleições não interfere no
julgamento. Para mim, sempre disse, esse é um processo como qualquer
outro”. Marco também disse acreditar que nenhum partido tenha influência
sobre a pauta do Supremo. “Imaginemos o contrário. Se não se tratasse
de membros do PT. Outro partido teria esse acesso, de buscar com sucesso
o adiamento? A resposta é negativa”, afirmou.
De acordo
com o ministro, as referências do ex-presidente sobre a tentativa de
influenciar outros ministros por via indireta são quase ingênuas. “São
suposições de um leigo achar que um integrante do Supremo Tribunal
Federal esteja sujeito a esse tipo de sugestão”, disse. Na conversa
relatada por Veja, Lula teria dito que iria pedir ao ministro
aposentado Sepúlveda Pertence para falar com a ministra Cármen Lúcia,
sua prima e a quem apadrinhou na indicação para o cargo. E também que o
ministro Lewandowski só liberará seu voto neste semestre porque está sob
enorme pressão.
Marco
Aurélio não acredita em nenhuma das duas coisas: “A ministra Cármen
Lúcia atua com independência e equidistância. Sempre atuou. E ela tem
para isso a vitaliciedade da cadeira. A mesma coisa em relação ao
ministro Ricardo Lewandowski. Quando ele liberar seu voto será porque,
evidentemente, acabou o exame do processo. Nunca por pressão”.
O ministro
Celso de Mello também disse que a resposta de Gilmar Mendes “foi
corretíssima e mostra a firmeza com que os ministros do STF irão
examinar a denúncia na Ação Penal que a Procuradoria-Geral da República
formulou contra os réus”. Para o decano do STF, “é grave e inacreditável
que um ex-presidente da República tenha incidido nesse comportamento”.
De acordo
com o decano, o episódio é grave e inqualificável sob todos os aspectos:
“Um gesto de desrespeito por todo o STF. Sem falar no caráter
indecoroso é um comportamento que jamais poderia ser adotado por quem
exerceu o mais alto cargo da República. Surpreendente essa tentativa
espúria de interferir em assunto que não permite essa abordagem. Não se
pode contemporizar com o desconhecimento do sistema constitucional do
país nem com o desconhecimento dos limites éticos e jurídicos”.
Celso de
Mello tem a convicção de que o julgamento do mensalão observará todos os
parâmetros que a ordem jurídica impõe a qualquer órgão do Judiciário.
“Por isso mesmo se mostra absolutamente inaceitável esse ensaio de
intervenção sem qualquer legitimidade ética ou jurídica praticado pelo
ex-presidente da República. De qualquer maneira, não mudará nada. Esse
comportamento, por mais censurável, não afetará a posição de
neutralidade, absolutamente independente com que os ministros do STF
agem. Nenhum ministro permitirá que se comprometa a sua integridade
pessoal e funcional no desempenho de suas funções nessa Ação Penal”,
disse o ministro.
Ainda de
acordo com o decano do Supremo, o processo do mensalão será julgado “por
todos de maneira independente e isenta, tendo por base exclusivamente
as provas dos autos”. O ministro reforçou que a abordagem do
ex-presidente é inaceitável: “Confirmado esse diálogo entre Lula e
Gilmar, o comportamento do ex-presidente mostrou-se moralmente
censurável. Um gesto de atrevimento, mas que não irá afetar de forma
alguma a isenção, a imparcialidade e a independência de cada um dos
ministros do STF”.
Celso de
Mello concluiu: “Um episódio negativo e espantoso em todos os aspectos.
Mas que servirá para dar relevo à correção com que o STF aplica os
princípios constitucionais contra qualquer réu, sem importar-se com a
sua origem social e que o tribunal exerce sua jurisdição com absoluta
isenção e plena independência”.
(…)
(…)
Texto publicado originalmente às 2h29
Lula começou a cometer erros em série e ainda arrastará o governo e o PT. Ou: Imprensa não se cala. Ou: Fim da linha para o golpismo lulista
28/05/2012
às 5:21
Lula,
cujos faro e habilidade política são sempre exaltados, e com razão!,
tem cometido erros em série. O petismo os engole porque se criou o mito
de sua infalibilidade. A do papa já foi contestada faz tempo. A do
ApeDELTA, jamais! Mas cresce nos bastidores o bochicho de que ele anda
um tanto descolado da realidade e que começou a ser também um peso.
A sua
decisão de criar a CPI do Cachoeira com o propósito de pegar a oposição,
o Supremo, a Procuradoria-Geral da República e, claro!, a imprensa
nunca foi uma unanimidade no partido. Tampouco contou com o apoio
entusiasmado dos aliados. O próprio governo Dilma considerou, desde
sempre, que se tratava de uma turbulência inútil. Queria que tivessem
curso as investigações da Polícia Federal e a punição dos políticos
envolvidos com o esquema Cachoeira no âmbito do Congresso.
Mas Lula e
José Dirceu estavam com a faca nos dentes e sangue nos olhos. Daí os
vazamentos e, sobretudo, as mentiras em série plantados nos blogs sujos
para tentar comprometer o jornalismo independente, o procurador-geral da
República e ao menos um ministro do Supremo. Não se esqueçam de que as
acusações infundadas contra Gilmar Mendes passaram a frequentar a
esgotosfera.
Mas deu tudo
errado. O procurador não se intimidou. Um ministro chantageado teve o
descortino de comunicar a absurda abordagem de que foi objeto, e a
imprensa que não foi alugada pelas verbas oficiais continuou a fazer o
seu trabalho. Sim, em nove anos de governo, essa foi a vez em que se
assistiu à ação mais virulenta, mais agressiva, mais boçal contra o
jornalismo independente. E, a exemplo de outras vezes, deu tudo errado. A
imprensa que se preza segue fazendo o seu trabalho e não se intimida.
Lula já
deveria saber disso. Ele é cria da liberdade de imprensa, não o
contrário. Ela não existe para servi-lo, mas ele a ela, já que se trata
de um fundamento das democracias de direito.
Fim da linha para o golpismo lulista!
Texto publicado originalmente às 4h38
STF tem de se reunir imediatamente para dar uma resposta à Nação. Ou: O que Lula fez dá cadeia! Chama-se “obstrução de justiça”
28/05/2012
às 5:25
O
Supremo Tribunal Federal (STF) tem de fazer imediatamente uma reunião
administrativa, dar consequência ao julgamento do mensalão, oferecer a
ajuda que se fizer necessária ao ministro Ricardo Lewandowski — um dos
que já foram assediados por Luiz Inácio Lula da Silva — e emitir um
“Comunicado à Nação” rechaçando a tentativa do ex-presidente de
chantagear, intimidar e constranger os ministros da corte suprema do
país. Ou o tribunal se dá conta da gravidade do ato e do momento ou
corre o risco de se desmoralizar.
Os
jornalistas de política de Brasília não podem nem devem quebrar o sigilo
de suas fontes, mas também eles têm uma obrigação institucional, com a
democracia: revelar que sabiam, praticamente todos eles, do assédio que
Lula fazia a ministros do STF. A história estava em rodas de conversa,
em todos os cafezinhos, em todos os jantares, em todos os bares. O que
não se tinha era a prova ou alguém que decidisse quebrar o silêncio, a
exemplo de Gilmar Mendes. O ministro fez bem em comparecer ao encontro.
Fez bem em ouvir o que ouviu. Fez bem em advertir o presidente do
Supremo, o procurador-geral da República e o advogado-geral da União.
Fez bem, finalmente, em confirmar a história que VEJA apurou e falar
tudo às claras.
Ok, vá lá… Se Nelson Jobim nega que a história tenha acontecido, a imprensa tem de registrar. Mas há de buscar uma forma — como fez o repórter Jorge Moreno,
de O Globo, de circunstanciar o desmentido — que, no seu texto, vale
por uma confirmação. Afinal, se Jobim tivesse endossado a acusação de
Mendes, ninguém menos do que o grande Lula estaria lascado. Aquilo a que
se assistiu na sala do ex-ministro do STF e ex-ministro de Lula
chama-se, entre outras coisas, “obstrução de justiça”, o que pode
render, em caso de condenação, de um a quatro anos de cadeia, segundo o
que caracteriza e prevê o Artigo 344 do Código Penal, a saber:
“Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral:
Pena — reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
“Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral:
Pena — reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
Única saída
Reflitam um pouco: a única saída que tem Lula é a negativa de Jobim. Sem ela, estaria obrigado, nesta segunda, a vir a público para, mais uma vez, pedir desculpas à nação — a exemplo do que fizera em 2005, quando estourou o escândalo do mensalão. Lula, na sua ousadia tresloucada, ficou, se vocês perceberem, nas mãos de Jobim. Assim, vivemos essa realidade algo surrealista: Jobim nega, ninguém acredita, mas isso impede o agravamento da crise — ou, pensando bem, impede que a situação beire o insustentável. Não restaria outro caminho que não processar o ex-presidente da República.
Reflitam um pouco: a única saída que tem Lula é a negativa de Jobim. Sem ela, estaria obrigado, nesta segunda, a vir a público para, mais uma vez, pedir desculpas à nação — a exemplo do que fizera em 2005, quando estourou o escândalo do mensalão. Lula, na sua ousadia tresloucada, ficou, se vocês perceberem, nas mãos de Jobim. Assim, vivemos essa realidade algo surrealista: Jobim nega, ninguém acredita, mas isso impede o agravamento da crise — ou, pensando bem, impede que a situação beire o insustentável. Não restaria outro caminho que não processar o ex-presidente da República.
O Supremo
não pode se contentar com o que seria, então, uma mera guerra de versões
e deixar tudo por isso mesmo. Até porque, reitero, É DE CONHECIMENTO DE
CADA JORNALISTA DE BRASÍLIA A MOVIMENTAÇÃO DE LULA. Todos sabem que ele
vem assediando os membros do STF. Nem mesmo o esconde. Os nomeados por
ele próprio ou por Dilma, segundo seu discurso boquirroto, lhe deveriam
obrigações — e não posso crer, escrevo sem cinismo nenhum, que ministros
e ministras a tanto se prestem. Os que não nomeou estariam sujeitos a
outra abordagem, como foi o caso de Gilmar, que assistiu àquilo que os
dicionários definem como “chantagem”.
É chegada a hora de o Supremo Tribunal Federal deixar claro que não passarão. E tem de fazê-lo hoje.
Texto publicado originalmente às 4h02
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Eis as universidades federais criadas pelo ApeDELTA, que ganha títulos de “Doutor Honoris Causa” a baciadas. Chegou a hora de fazer um raio-x do grande milagre. Ou: Acorda para a realidade, oposição!
24/05/2012
às 5:48
Quando
Luiz Inácio ApeDELTA da Silva recebeu uma baciada de títulos de Doutor
Honoris Causa — de todas as universidades públicas do Rio —, fez um
discurso escandalosamente mentiroso. Apontei aqui
as suas falácias. Entre outras indelicadezas com a verdade, multiplicou
por dois o número de universitários do país. Há alguns anos, tenho
escrito que em poucas áreas se mente com tanta desenvoltura como no
ensino superior — justamente o setor que, em tese, concentra a elite
intelectual do país. Como isso é possível? Ora, as nossas universidades,
especialmente nos cursos de humanidades, reúnem mais comunistas do que
Pequim, Pyongyang e Havana juntas… Dominam o aparelho universitário e
ajudam a levar a farsa adiante.
Muito bem!
Uma das grandes obras de Fernando Gugu Haddad, sob os auspícios do
ApeDELTA, seria a gigantesca expansão das universidades federais. Há
muita pilantragem na conta, é verdade, mas é fato que algumas
instituições foram criadas. Em quais condições, no entanto, elas operam?
Vejam este vídeo sobre o campus Rio Paranaíba, da Universidade Federal
de Viçosa. Volto depois:
Voltei
Eis aí. Inaugurou-se um novo campus da Universidade Federal de Viçosa (que Lula conta como uma nova instituição) sem acesso por asfalto, sem iluminação e esgoto tratado — na Universidade Federal Rural de Pernambuco, em Garanhuns, a, perdoem-me a crueza, merda corre a céu aberto. Os depoimentos também deixam evidente a carência na estruturação técnica do corpo docente.
Eis aí. Inaugurou-se um novo campus da Universidade Federal de Viçosa (que Lula conta como uma nova instituição) sem acesso por asfalto, sem iluminação e esgoto tratado — na Universidade Federal Rural de Pernambuco, em Garanhuns, a, perdoem-me a crueza, merda corre a céu aberto. Os depoimentos também deixam evidente a carência na estruturação técnica do corpo docente.
Nessas
horas, o que tende a dizer o lulo-petismo? “Ah, não havia nada lá. Ao
menos nós fizemos alguma coisa!” Foi mais ou menos esse o sentido das
declarações de Aloizio Mercadante (ver posts abaixo), que substituiu
Haddad. Para ele, essa infraestrutura deficiente é só a “dor do parto”.
Qualquer pessoa do mundo chamaria de desleixo e falta de planejamento.
A greve
Estão em greve 70% das universidades federais do país. O assunto quase não é notícia. No ano passado, os institutos federais de ensino (também os de nível técnico) ficaram parados quase cinco meses. Poucos se interessavam pelo assunto. Por quê? Fácil de responder. Porque são os intelectuais e as ONGs petistas que hoje pautam boa parte dos veículos de comunicação. O partido também é majoritário nas associações e sindicatos de professores. Se os pelegos petistas não conseguiram impedir o movimento, é porque a situação, com efeito, não é das melhores — embora eu insista que a greve, nesses casos, prejudica, na verdade, os alunos. Servidores públicos deveriam pensar meios simbólicos de fazer seu protesto chegar à sociedade. Bem, essa é outra questão. Volto ao ponto.
Estão em greve 70% das universidades federais do país. O assunto quase não é notícia. No ano passado, os institutos federais de ensino (também os de nível técnico) ficaram parados quase cinco meses. Poucos se interessavam pelo assunto. Por quê? Fácil de responder. Porque são os intelectuais e as ONGs petistas que hoje pautam boa parte dos veículos de comunicação. O partido também é majoritário nas associações e sindicatos de professores. Se os pelegos petistas não conseguiram impedir o movimento, é porque a situação, com efeito, não é das melhores — embora eu insista que a greve, nesses casos, prejudica, na verdade, os alunos. Servidores públicos deveriam pensar meios simbólicos de fazer seu protesto chegar à sociedade. Bem, essa é outra questão. Volto ao ponto.
As mentiras
da era Lula-Haddad começam a chegar ao grande público. Aos poucos,
estamos vendo como se fez a propalada expansão do ensino superior
federal. Uma aluna de veterinária da Universidade Federal do Tocantins
me manda a seguinte mensagem:
“O problema de infraestrutura é grave. No meu curso de Medicina Veterinária, a gente tem muitos problemas com aula prática. Como pode um estudante de veterinária sem aula prática de anatomia, radiologia, citologia e por aí vai? O governo abre cursos e não dá condição nenhuma de o professor ensinar e de o aluno aprender. E a gente é obrigado a ouvir essa ladainha desses políticos! É revoltante!!!!”
“O problema de infraestrutura é grave. No meu curso de Medicina Veterinária, a gente tem muitos problemas com aula prática. Como pode um estudante de veterinária sem aula prática de anatomia, radiologia, citologia e por aí vai? O governo abre cursos e não dá condição nenhuma de o professor ensinar e de o aluno aprender. E a gente é obrigado a ouvir essa ladainha desses políticos! É revoltante!!!!”
Henrique, um professor, escreve:
“Sou professor de um curso criado pelo REUNI e sou testemunha da falta de planejamento e do descaso na criação de cursos. A Universidade criou o curso sem ter a infraestrutura e os professores necessários. Temos mais professores contratados do que efetivos (concursados), e não há perspectiva de novas vagas. Não temos laboratórios, e a primeira turma irá se formar sem nunca ter feito práticas básicas da área. A seleção exclusivamente feita pelo ENEM não seleciona. Nossos alunos entram sem saber resolver uma mísera equação de 1º grau, e a taxa de reprovação é alta, levando ao abandono. Mas, na propaganda do governo, tudo parece perfeito. Só olhando de perto para ver o quanto se festeja uma mentira.”
“Sou professor de um curso criado pelo REUNI e sou testemunha da falta de planejamento e do descaso na criação de cursos. A Universidade criou o curso sem ter a infraestrutura e os professores necessários. Temos mais professores contratados do que efetivos (concursados), e não há perspectiva de novas vagas. Não temos laboratórios, e a primeira turma irá se formar sem nunca ter feito práticas básicas da área. A seleção exclusivamente feita pelo ENEM não seleciona. Nossos alunos entram sem saber resolver uma mísera equação de 1º grau, e a taxa de reprovação é alta, levando ao abandono. Mas, na propaganda do governo, tudo parece perfeito. Só olhando de perto para ver o quanto se festeja uma mentira.”
A leitora Vera L. informa:
O retrato do Hospital do Fundão, ligado à UFRJ, é o retrato do governo do PT. Os médicos residentes andam à cata de pacientes para poderem ESTUDAR! A UFRJ abriu uma faculdade de medicina em Macaé SEM hospital de referência para os alunos que serão futuros médicos! Agora, eles vêm de Macaé para o Hospital do Fundão, onde há falta de TUDO, principalmente de pacientes, por falta de infraestrutura. As universidades federais do governo do PT só existem funcionando nas PROPAGANDAS do MEC a PREÇO DE OURO, PAGAS com NOSSO DINHEIRO. Lá TUDO funciona.
Os Hospitais Federais do RJ NUNCA antes tão precários. Há uns 10 anos, todos eram referência de bom atendimento. (…) Enquanto a USP se torna uma das melhores universidades do MUNDO, as federais nas mãos do PT estão em petição de miséria. Esse é o JEITO PT de governar que ELES querem para São Paulo, com Haddad de candidato. Que Deus livre SP dessa tragédia”
O retrato do Hospital do Fundão, ligado à UFRJ, é o retrato do governo do PT. Os médicos residentes andam à cata de pacientes para poderem ESTUDAR! A UFRJ abriu uma faculdade de medicina em Macaé SEM hospital de referência para os alunos que serão futuros médicos! Agora, eles vêm de Macaé para o Hospital do Fundão, onde há falta de TUDO, principalmente de pacientes, por falta de infraestrutura. As universidades federais do governo do PT só existem funcionando nas PROPAGANDAS do MEC a PREÇO DE OURO, PAGAS com NOSSO DINHEIRO. Lá TUDO funciona.
Os Hospitais Federais do RJ NUNCA antes tão precários. Há uns 10 anos, todos eram referência de bom atendimento. (…) Enquanto a USP se torna uma das melhores universidades do MUNDO, as federais nas mãos do PT estão em petição de miséria. Esse é o JEITO PT de governar que ELES querem para São Paulo, com Haddad de candidato. Que Deus livre SP dessa tragédia”
Pior:
voltem lá ao vídeo do campus da Universidade Federal de Viçosa: a
infraestrutura que serve à universidade entrou no radar do clientelismo,
das emendas parlamentares, dos arranjos políticos…
Se vocês
tivessem estômago, valeria frequentar algumas salas de debate dos
professores sindicaleiros do ensino superior… Sabem onde está
localizado, para eles, o centro do mal do ensino superior do país?
Acertou quem respondeu “São Paulo”, muito particularmente a USP, onde
radicaloides e boçalides repetem o mantra: “Fora Rodas”. Fernando
Haddad, com a competência demonstrada até aqui, é um dos que gostam de
falar do suposto “autoritarismo” vigente nas universidades
estaduais paulistas. Essa gente tem mesmo é um pacto contra a
competência e contra a verdade.
Os números
No discurso dos títulos a baciadas, Lula afirmou que chegou ao governo com 6 milhões de universitários e que, hoje, eles serim 12 milhões. Mentira! Segundo o Censo Universitário, no fim de 2010, assinado por Haddad, havia 6,37 milhões de estudantes no terceiro grau — 14,7% estão na modalidade “ensino à distância”, que tem virado, no Brasil, uma “picaretância”. Disse ter criado novas universidades federais. Mentira também! Deve chegar, no máximo, à metade. Algumas “universidades novas” são campi avançados ou divisão de instituições anteriores. Em 2010, as universidades públicas brasileiras formaram 24 mil estudantes A MENOS do que em… 2004!
No discurso dos títulos a baciadas, Lula afirmou que chegou ao governo com 6 milhões de universitários e que, hoje, eles serim 12 milhões. Mentira! Segundo o Censo Universitário, no fim de 2010, assinado por Haddad, havia 6,37 milhões de estudantes no terceiro grau — 14,7% estão na modalidade “ensino à distância”, que tem virado, no Brasil, uma “picaretância”. Disse ter criado novas universidades federais. Mentira também! Deve chegar, no máximo, à metade. Algumas “universidades novas” são campi avançados ou divisão de instituições anteriores. Em 2010, as universidades públicas brasileiras formaram 24 mil estudantes A MENOS do que em… 2004!
As
universidades federais brasileiras mais incharam do que cresceram. Lula e
Haddad foram criando alguns puxadinhos e puxadões Brasil afora, sem
oferecer as condições mínimas necessárias para um ensino de qualidade.
As mentiras têm sido reproduzidas por aí, com base em releases
distribuídos por assessorias de comunicação.
É chegada a hora de visitar os campi
dessas novas “universidades federais” criadas por Lula e Haddad e saber
como funcionam. Vamos ver como estão seus laboratórios, bibliotecas e
salas de aula, conhecendo também os docentes, seu regime de trabalho e
sua qualificação intelectual e técnica.
Já conhecemos os milagres de Lula. Agora só falta conhecermos a verdade.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
O prêmio Klunge aprofunda o fosso que separa um estadista do sucessor rancoroso
MAURO PEREIRA
Ao receber do Congresso norte-americano o prêmio Klunge, versão alternativa do Nobel sueco, em reconhecimento à inquestionável obra intelectual e ao notável desempenho como chefe do governo brasileiro, Fernando Henrique Cardoso não só esparge um pouco de luz sobre a embolorada intelectualidade do País do Carnaval como também desagrava a Presidência da República, instituição tão vilipendiada nos últimos nove anos.
Hoje, todos os brasileiros desprovidos de rancores rendem homenagens ao risonho octogenário que mudou a história política e social do Brasil pós-ditadura. A lamentar, apenas a pouca disposição da imprensa para compreender a importância do evento. As publicações que noticiaram o acontecimento não foram além de textos comprometidos pelo espaço acanhado e pelo laconismo. Todos se abstiveram de contar aos leitores o que levou os julgadores a considerarem FHC o maior pensador da América Latina, e a premiá-lo com a soma de um milhão de dólares.
Democrata autêntico, avesso à retórica vazia e oportunista, Fernando Henrique retirou o Brasil da categoria de república terceiromundista para colocá-lo no patamar reservado às grandes nações. Sábio, ensinou que é possível fortalecer a sociedade sem fragilizar o estado. Hábil, restituiu aos cidadãos o poder de definir os rumos do país.
O sucesso irrefutável de sua administração transformadora fez com que aflorassem sentimentos pouco nobres, como o ciúme e a inveja. Incentivados pela omissão dos companheiros de partido do ex-presidente, adversários políticos afundados em rancores e na miséria ética colocaram em prática uma sórdida campanha cujo único propósito era a desconstrução impiedosa do grande legado administrativo, político e moral deixado pelo governante formidável.
Abandonado por correligionários pusilânimes e injustiçado por grande parte da imprensa, o maior presidente de nossa história travou praticamente sozinho a luta desigual em defesa das grandes conquistas de seu governo. Liderados por Lula, seus algozes tentaram consumar outro linchamento moral com uma violência jamais vista. Bilhões de reais foram torrados na tentativa de apagar da memória política nacional o líder que venceu a hiperinflação que vitimava sobretudo os mais pobres, estabeleceu os fundamentos do equilíbrio macroeconômico ─ preservados até hoje por seus detratores, ressalte-se ─consolidou a democracia e fixou as diretrizes de programas sociais que, expropriados cinicamente pelo PT, desembocaram no Bolsa Família.
FHC saiu mais fortalecido da ofensiva permanentemente alimentada pelo ódio inexplicável do seu sucessor. Aos 80 anos, sereno e extraordinariamente lúcido, a vítima dos ataques virulentos coleciona demonstrações de admiração e respeito oferecidas por brasileiros decentes, pelas plateias das conferências que tem feito no exterior por leitores das obras que se espalham pelas bibliotecas das universidades de dezenas de países.
A conquista do Klunge aprofunda o formidável fosso que separa Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. O confronto das inumeráveis diferenças atesta que FHC, sem nunca ter reivindicado tal status, é o estadista que Lula imagina ser, mas jamais será. O prêmio concedido pela Biblioteca do Congresso norte-americano não deve ser visto como mais um exemplo de que a justiça tarda mas não falha. No caso de FHC, um dos intelectuais mais reverenciados do século 20, a justiça jamais tardou, tampouco falhou. Seus inimigos é que se divorciaram dela.
Ao receber do Congresso norte-americano o prêmio Klunge, versão alternativa do Nobel sueco, em reconhecimento à inquestionável obra intelectual e ao notável desempenho como chefe do governo brasileiro, Fernando Henrique Cardoso não só esparge um pouco de luz sobre a embolorada intelectualidade do País do Carnaval como também desagrava a Presidência da República, instituição tão vilipendiada nos últimos nove anos.
Hoje, todos os brasileiros desprovidos de rancores rendem homenagens ao risonho octogenário que mudou a história política e social do Brasil pós-ditadura. A lamentar, apenas a pouca disposição da imprensa para compreender a importância do evento. As publicações que noticiaram o acontecimento não foram além de textos comprometidos pelo espaço acanhado e pelo laconismo. Todos se abstiveram de contar aos leitores o que levou os julgadores a considerarem FHC o maior pensador da América Latina, e a premiá-lo com a soma de um milhão de dólares.
Democrata autêntico, avesso à retórica vazia e oportunista, Fernando Henrique retirou o Brasil da categoria de república terceiromundista para colocá-lo no patamar reservado às grandes nações. Sábio, ensinou que é possível fortalecer a sociedade sem fragilizar o estado. Hábil, restituiu aos cidadãos o poder de definir os rumos do país.
O sucesso irrefutável de sua administração transformadora fez com que aflorassem sentimentos pouco nobres, como o ciúme e a inveja. Incentivados pela omissão dos companheiros de partido do ex-presidente, adversários políticos afundados em rancores e na miséria ética colocaram em prática uma sórdida campanha cujo único propósito era a desconstrução impiedosa do grande legado administrativo, político e moral deixado pelo governante formidável.
Abandonado por correligionários pusilânimes e injustiçado por grande parte da imprensa, o maior presidente de nossa história travou praticamente sozinho a luta desigual em defesa das grandes conquistas de seu governo. Liderados por Lula, seus algozes tentaram consumar outro linchamento moral com uma violência jamais vista. Bilhões de reais foram torrados na tentativa de apagar da memória política nacional o líder que venceu a hiperinflação que vitimava sobretudo os mais pobres, estabeleceu os fundamentos do equilíbrio macroeconômico ─ preservados até hoje por seus detratores, ressalte-se ─consolidou a democracia e fixou as diretrizes de programas sociais que, expropriados cinicamente pelo PT, desembocaram no Bolsa Família.
FHC saiu mais fortalecido da ofensiva permanentemente alimentada pelo ódio inexplicável do seu sucessor. Aos 80 anos, sereno e extraordinariamente lúcido, a vítima dos ataques virulentos coleciona demonstrações de admiração e respeito oferecidas por brasileiros decentes, pelas plateias das conferências que tem feito no exterior por leitores das obras que se espalham pelas bibliotecas das universidades de dezenas de países.
A conquista do Klunge aprofunda o formidável fosso que separa Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. O confronto das inumeráveis diferenças atesta que FHC, sem nunca ter reivindicado tal status, é o estadista que Lula imagina ser, mas jamais será. O prêmio concedido pela Biblioteca do Congresso norte-americano não deve ser visto como mais um exemplo de que a justiça tarda mas não falha. No caso de FHC, um dos intelectuais mais reverenciados do século 20, a justiça jamais tardou, tampouco falhou. Seus inimigos é que se divorciaram dela.
CURTAS, MAS ESCLARECEDORAS
A regra é clara
“Não vejo indício de participação ampla, geral e irrestrita de toda a empresa Delta e do senhor Fernando Cavendish”.
Odair Cunha, deputado federal pelo PT de Minas Gerais e relator da CPMI do Cachoeira, informando que só deve ser investigado quem confessar publicamente ter subornado o presidente da República, todos os senadores e deputados, todos os ministros do Supremo Tribunal Federal, todos os governadores, todos os prefeitos do Brasil e toda a torcida do Flamengo.Plural em perigo
“A relação com o PMDB vai azedar na CPI. Mas não se preocupe, você é nosso e nós somos teu”.
Cândido Vaccarezza, deputado federal pelo PT de São Paulo, num dos torpedos que enviou por celular ao governador Sérgio Cabral, revelando que, além de espancar diariamente o Código Penal e os manuais de ética, resolveu tratar a pontapés a gramática e juntar-se a Lula na luta pelo extermínio do plural.Namoro ou amizade?
“Não tem nenhuma blindagem e a mensagem não tratava do Cabral na CPI. Não tem nenhuma proteção nem aos membros do PT nem do PMDB”.
Cândido Vaccarezza, deputado federal pelo PT de São Paulo, explicando que o torpedo que enviou ao governador Sérgio Cabral foi apenas uma pegadinha bolada para que o eleitorado passe as próximas semanas querendo saber se é namoro ou amizade.Ah, bom!
“Se tiver superfaturamento em uma obra ou outra, não é competência dessa CPI investigar. É de outra. Como tem superfaturamento de outras empreiteiras”.
Cândido Vaccarezza, deputado federal pelo PT de São Paulo, nesta quinta-feira, durante a sessão na CPMI do Cachoeira, explicando que a Delta não deve ser investigada porque todas as empreiteiras contratadas pelo governo tungam o dinheiro dos pagadores de impostos.Bandidagem moderna
“Não há nenhum indício de envolvimento da Delta nacional com o grupo criminoso de Cachoeira. Não podemos perder o foco das investigações”.
Cândido Vaccarezza, deputado federal pelo PT de São Paulo, revelando que Fernando Cavendish dividiu a Delta em seções regionais independentes, autorizadas a assaltar os cofres públicos sem pedir licença ao chefe nacional.Gente de palavra
“Tenho convicção de que, se não fosse o mensalão, Dirceu seria o próximo presidente da República. Ele era o homem mais preparado para ser o presidente naquele momento. E não há nada contra ele, tecnicamente”.
Antonio Carlos Almeida Castro, o Kakay, advogado de Demóstenes Torres, aquele que jura ter feito um acordo com Deus para só ser presenteado com clientes inocentes, informando que constatou que a Divina Providência cumpre o que combina quando foi procurado por José Dirceu.A plateia de prefeitos resolveu ensinar a Dilma que a primeira vaia ninguém esquece
Habituada aos aplausos das plateias amestradas e aos sorrisos aprovadores dos áulicos, a presidente Dilma Rousseff foi surpreendida nesta terça-feira por sons especialmente agressivos a tímpanos condicionados pelo coro dos contentes. Ao ouvir os primeiros gritos vindos do auditório lotado por participantes da XV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, a oradora interrompeu a discurseira com expressão confusa. Demorou cinco segundos para captar a cobrança formulada aos berros: centenas de prefeitos exigiam que revelasse, sem rodeios nem evasivas, qual é a posição do governo sobre a distribuição dos royalties do petróleo.
Até então, o inchaço das pálpebras, o olhar sonolento e a voz entediada identificavam uma presidente que não havia dormido direito. A algaravia desafiadora substituiu a mulher cansada pela chefe intolerante, autoritária desde criancinha, incapaz de ser contrariada sem retaliar com a repreensão humilhante, o pito grosseiro, o cala-boca que não admite tréplicas. O vídeo registra a reação rosnada em dilmês vulgar.
“Petróleo… petróleo… Ocês não vão gostá do que vô dizê… Tá?”, começou Dilma, contendo na garganta o som da fúria. “Petróleo… ocês não vão gostá. Então eu vô dizê uma coisa pra vocês. Num tem… não acreditem que vocês conseguirão res… resolvê a distribuição de hoje pra trás. Então, lutem pela distribuição de hoje pra frente”. O ponto final na frase sem pé nem cabeça encerrou também o discurso.
Com a suavidade de um estivador em fim de expediente, o alvo dos apupos capturou o papelório preenchido com letras grandes para que o neurônio solitário não tropeçasse tanto na leitura e se ergueu da cadeira transpirando cólera. Acelerou o andar que aprendeu com algum cowboy americano, fez uma escala diante do presidente da associação dos municípios, interpelou de dedo em riste o organizador do fiasco e saiu de cena cavalgando o chilique.
Como previra, os prefeitos não gostaram mesmo do que ouviram. E revidaram com uma vaia que, além de mais algumas noites insones, garantiu uma vaga perpétua na memória na presidente. Ela logo saberá o que Lula sabe desde aquela tarde no Maracanã: a primeira vaia ninguém esquece.
Poe: Augusto Nunes
LULA 1993.(COLLOR) LULA 2012.
Em 1993, como se ouve no áudio reprisado pela seção História em Imagens,
a metamorfose ambulante endossou, sempre em português de botequim, a
opinião nacional sobre a farsa desmontada pouco antes: “Lamentavelmente a
ganância, a vontade de roubar, a vontade de praticar corrupção, fez com
que o Collor jogasse o sonho de milhões e milhões por terra”, disse
Lula, caprichando na pose de doutor em ética. “Deve haver qualquer
sintoma de debilidade no funcionamento do cérebro do Collor”.
O parecer foi revogado por Lula, mas segue em vigor no país que presta. Entre os brasileiros decentes, a cotação do ex-presidente é mesma estabelecida em 1992: zero. Há quase 20 anos, Collor não vale nada.
O parecer foi revogado por Lula, mas segue em vigor no país que presta. Entre os brasileiros decentes, a cotação do ex-presidente é mesma estabelecida em 1992: zero. Há quase 20 anos, Collor não vale nada.
O que o PT escreve e o que o PT faz. E o caso curioso do navio que abandona os ratos
20/05/2012
às 7:11
Na
quinta-feira, dia 17, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), membro da
CPI do Cachoeira, violentou a língua e o decoro e mandou aquela mensagem
ao governador Sérgio Cabral (PMDB), do Rio, que já se tornou um
clássico: “A relação com o PMDB vai azedar na CPI. Mas não se preocupe, você é nosso, e nós somos teu”. Vai figurar nos próximos livros aprovados pelo MEC, ao lado de “nós pega os peixe, mas proteje (com “j”, claro!!!) os tubarão”.
No dia seguinte, o Diretório Nacional do PT, reunido em Porto Alegre,
aprovou uma “Resolução Política”. Pode-se ler o seguinte trecho:
“(…) A organização criminosa comanada pelo contraventor Carlos Cachoeira atuava dentro das estruturas do Estado de Goiás, governado por Marconi Perillo, espalhando seus tentáculos nas instituições dos poderes constituídos de outros estados do Brasil.
Os fatos revelados pelas citadas operações da PF reforçam a urgência de reformas de fundo no sistema político e nas instituições nacionais, especialmente o financiamento público das campanhas eleitorais, com mais fiscalização e transparência em todas as esferas da política. A CPMI, ao levar a bom termo sua missão, dará sua contribuição ao incessante combate à corrupção travado pelos presidentes Lula e Dilma.”
“(…) A organização criminosa comanada pelo contraventor Carlos Cachoeira atuava dentro das estruturas do Estado de Goiás, governado por Marconi Perillo, espalhando seus tentáculos nas instituições dos poderes constituídos de outros estados do Brasil.
Os fatos revelados pelas citadas operações da PF reforçam a urgência de reformas de fundo no sistema político e nas instituições nacionais, especialmente o financiamento público das campanhas eleitorais, com mais fiscalização e transparência em todas as esferas da política. A CPMI, ao levar a bom termo sua missão, dará sua contribuição ao incessante combate à corrupção travado pelos presidentes Lula e Dilma.”
A resolução,
por óbvio, não fala em Agnelo Queiroz (PT), governador do Distrito
Federal, e em Sérgio Cabral. Enquanto era redigida, PT e PMDB acertavam
os ponteiros para tirar a Delta nacional e Fernando Cavendish do centro
das investigações. Também ao ainda dono da Delta se poderia disparar um
torpedo: “Não se preocupe; você é nosso, e nós somos teu”. A edição da
VEJA desta semana explicou os cuidados com o empresário: ele mandou
alguns emissários seus recomendar prudência aos digníssimos
parlamentares e partidos. Segundo contas que circulam em seu mundo, a
Delta doou R$ 100 milhões para campanhas eleitorais nos últimos anos. E
tudo por aquele método consagrado pelo grande moralista Delúbio Soares:
“recursos não contabilizados”.
Mas, como
diria aquele príncipe chatinho, o essencial no trecho acima da resolução
é quase invisível aos olhos. Notem que, a exemplo do que fez com o
mensalão, o PT está a considerar que as safadezas do esquema
Delta-Cachoeira também se limitam a caixa dois de campanha. E aproveita
para voltar à tese vigarista do financiamento público. Pela ordem: há,
sim, caixa dois de campanha, e os emissários de Cavendish resolveram
lembrar isso a alguns “patriotas”. Mas é evidente que não há só isso
(como se fosse pouco!). Há indícios de superfaturamento, de licitações
de meia-tigela, de pagamento de propina pura e simples… de ASSALTO AOS
COFRES PÚBLICOS.
Uma das mentiras do PT
Uma das mentiras do PT em sua resolução é atribuir ao financiamento privado de campanha a lambança do esquema Cachoeira-Delta. Mesmo que fosse público, o que impediria o grupo de fazer o que fez? Estivesse o Tesouro a arcar com o custo das eleições (indiretamente, em período eleitoral, mais de R$ 600 milhões vão para os partidos), a Delta, com seus métodos, não seria a campeã das obras do PAC, por exemplo? O financiamento público, como quer o PT, só vai aumentar o assalto ao erário sem coibir minimamente o caixa dois. Aliás, qualquer pessoa que tenha frequentado o nível “Massinha I” das aulas de lógica vai concluir que, garantida a impunidade (como querem muitos na CPI) e proibidas as doações privadas, os ditos “recursos não contabilizados” vão é aumentar, certo? Ou os lobistas, movidos pelo mais severo civismo, decidirão: “Não, gente! Agora há financiamento público de campanha. Vamos ficar fora das eleições”?.
Uma das mentiras do PT em sua resolução é atribuir ao financiamento privado de campanha a lambança do esquema Cachoeira-Delta. Mesmo que fosse público, o que impediria o grupo de fazer o que fez? Estivesse o Tesouro a arcar com o custo das eleições (indiretamente, em período eleitoral, mais de R$ 600 milhões vão para os partidos), a Delta, com seus métodos, não seria a campeã das obras do PAC, por exemplo? O financiamento público, como quer o PT, só vai aumentar o assalto ao erário sem coibir minimamente o caixa dois. Aliás, qualquer pessoa que tenha frequentado o nível “Massinha I” das aulas de lógica vai concluir que, garantida a impunidade (como querem muitos na CPI) e proibidas as doações privadas, os ditos “recursos não contabilizados” vão é aumentar, certo? Ou os lobistas, movidos pelo mais severo civismo, decidirão: “Não, gente! Agora há financiamento público de campanha. Vamos ficar fora das eleições”?.
Impunidade,
sem-vergonhice e leis frouxas é que estimulam a fraude. O ex-senador
democrata John Edwards, dos Estados Unidos, corre o risco de pegar bem
uns 15 anos de cadeia caso fique provado, como tudo indica, que pagou
pensão a uma filha que teve fora do casamento e à mãe da menina com
recursos arrecadados para campanha política. Entenderam o ponto? O
financiamento de candidaturas nos EUA é privado, mas o sujeito não pode
fazer o que bem entende com o dinheiro. A Justiça funciona, e a
sociedade não aceita lambança. No Brasil, o petismo quer coibir o caixa
dois incentivando o… caixa dois!
Não foi a única…
Não foi a única vigarice da resolução. Num outro trecho, que vem destacado em negrito no original, encontramos estas belas palavras:
“É fundamental mobilizarmos a sociedade em defesa de uma ampla apuração de todas as denúncias relatadas nas operações da PF, bem como de todas as ramificações da organização criminosa, doa a quem doer, pois ninguém, seja na área pública ou privada, pode situar-se acima da lei. Entre as denúncias que precisam ser apuradas a partir de elementos probatórios em mãos da CPMI estão as relações entre o crime organizado e alguns órgãos de imprensa. O que está em jogo é a apuração de fatos criminosos, não os ataques à liberdade de expressão, como tentam confundir setores da mídia conservadora. Quanto aos meios de comunicação, reafirmamos a resolução aprovada no 4º. Congresso do PT: “Para nós, é questão de princípio repudiar, repelir e barrar qualquer tentativa de censura ou restrição à liberdade de imprensa”.
Não foi a única vigarice da resolução. Num outro trecho, que vem destacado em negrito no original, encontramos estas belas palavras:
“É fundamental mobilizarmos a sociedade em defesa de uma ampla apuração de todas as denúncias relatadas nas operações da PF, bem como de todas as ramificações da organização criminosa, doa a quem doer, pois ninguém, seja na área pública ou privada, pode situar-se acima da lei. Entre as denúncias que precisam ser apuradas a partir de elementos probatórios em mãos da CPMI estão as relações entre o crime organizado e alguns órgãos de imprensa. O que está em jogo é a apuração de fatos criminosos, não os ataques à liberdade de expressão, como tentam confundir setores da mídia conservadora. Quanto aos meios de comunicação, reafirmamos a resolução aprovada no 4º. Congresso do PT: “Para nós, é questão de princípio repudiar, repelir e barrar qualquer tentativa de censura ou restrição à liberdade de imprensa”.
Como? É uma
pena para o PT e uma sorte para o Brasil que os petistas não possam
enviar a seguinte mensagem à imprensa independente: “Você é nossa, e nós
somos teus” (corrijo a língua de Vaccarezza, já que é impossível
corrigir os hábitos). Dado o espetáculo que se ensaia na CPI, os
petistas resolveram — e quem está surpreso? — atacar o jornalismo!!!
“Relação entre o crime organizado e alguns órgãos de imprensa?” Quais?
Jornalistas que se prezam recorrem, sim, muitas vezes, a fontes do
submundo — com o qual alguns políticos fazem negócios, inclusive os do
PT — para denunciar o assalto aos cofres públicos. Querer intimidar a
imprensa é fazer o jogo dos bandidos… Não! Errei! Querer intimidar a
imprensa é trabalho de bandido que se beneficia dessa promiscuidade.
Recorrendo
às mesmas acusações que Goebbels fazia à “imprensa dos judeus” na
Alemanha hitlerista, o PT deixa claro que quer perseguir apenas o mau
jornalismo, sem agredir a liberdade de imprensa. Ah, bom! E qual é o
“mau jornalismo”? Necessariamente aquele que denuncia também as
falcatruas de petistas. Ora, se fosse bom, só exaltaria as qualidades do
petismo, certo?
Como cinismo é matéria farta por ali, retomam afirmação de um texto anterior e mandam ver:
“Para nós, é questão de princípio repudiar, repelir e barrar qualquer tentativa de censura ou restrição à liberdade de imprensa”.
Uma ova! Questão de princípio nunca foi. Quiseram expulsar um correspondente estrangeiro que contou uma grande mentira, não é? Lula gosta de umas cachaças. Tentaram impor o Conselho Federal de Jornalismo — que, na prática, funcionaria como um Conselho de Censura, com poderes até para cassar licença de jornalista. Propuseram mecanismos explícitos de controle da informação no Plano Nacional (Socialista) de Direitos Humanos. Já tinham apresentando proposta semelhante na Conferência de Comunicação. A verdadeira questão de princípio do petismo é outra: é controlar a imprensa.
“Para nós, é questão de princípio repudiar, repelir e barrar qualquer tentativa de censura ou restrição à liberdade de imprensa”.
Uma ova! Questão de princípio nunca foi. Quiseram expulsar um correspondente estrangeiro que contou uma grande mentira, não é? Lula gosta de umas cachaças. Tentaram impor o Conselho Federal de Jornalismo — que, na prática, funcionaria como um Conselho de Censura, com poderes até para cassar licença de jornalista. Propuseram mecanismos explícitos de controle da informação no Plano Nacional (Socialista) de Direitos Humanos. Já tinham apresentando proposta semelhante na Conferência de Comunicação. A verdadeira questão de princípio do petismo é outra: é controlar a imprensa.
Não podendo
impor a censura (não por enquanto), o partido atua na outra ponta. Por
intermédio do governo e de estatais (com o nosso dinheiro!), financia
revistas, blogs, sites e TV que praticam um troço semelhante ao
jornalismo — está para o setor como o uísque paraguaio está para um
scotch. Pode não parecer, mas se trata de uma agressão não só à
imprensa: também ao regime democrático e ao estado de direito! Quando o
logotipo de um banco estatal ilustra uma página cujo propósito é atacar a
oposição — um trabalho partidário — e instituições da República, o que
se tem é apropriação de dinheiro de todos para defender as causas de um
grupo. É de uma obviedade escandalosa!
Falhou mais
uma tentativa de intimidar o jornalismo. Os que insistem nessa tecla
começam a falar sozinhos, abraçados a seu rancor. Assistiu-se, assim, a
um caso curioso em que navio acabou abandonando os ratos.
LUTA SEM CLASSE - Prévia do PT em Recife para na Comissão de Ética
21/05/2012
às 6:33
No Globo:
Diante de vaias, troca de tapas e murros, acusações mútua e guerra de liminares, o PT realizou ontem em Recife prévias para escolha do candidato à prefeitura. O prefeito João da Costa ganhou com 51,9% dos votos, mas o resultado só será proclamado no próximo dia 28, depois que o processo for submetido à Executiva Nacional e à Comissão de Ética do partido.
Diante de vaias, troca de tapas e murros, acusações mútua e guerra de liminares, o PT realizou ontem em Recife prévias para escolha do candidato à prefeitura. O prefeito João da Costa ganhou com 51,9% dos votos, mas o resultado só será proclamado no próximo dia 28, depois que o processo for submetido à Executiva Nacional e à Comissão de Ética do partido.
O
secretário-geral do PT, Eloy Pietá, voltou a questionar os métodos
adotados na prévia, que foi realizada sob divergências quanto ao número
de filiados aptos a votar. Ele disse que a prévia “fugiu às regras e
costumes do partido”, e que vai propor à direção nacional uma auditoria
para analisar o resultado do pleito. Pietá é da Construindo um Novo
Brasil, corrente majoritária no partido e que deu suporte à candidatura
do deputado Maurício Rands - apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva.
Em clima de
vitória, o prefeito foi recebido em seu escritório político com fogos,
aplausos e lágrimas. Ele deu entrevista dizendo que vai trabalhar agora
para reconstruir a unidade do PT recifense. “Depois de hoje essa
militância vai lutar com unhas e dentes para ganhar a eleição. Eu não
queria prévias, porque sabia que seria um desgaste para todo mundo no
partido. Mas entrei para ganhar”, disse João da Costa.
Ele não quis
comentar a iniciativa do partido, de só proclamar os resultados no
final do mês. A discussão sobre o número de filiados que votaram também
está na Justiça. ” A maioria dos filiados decidiu, e isso é
inquestionável”, afirmou João da Costa.
Além da
disputa da militância — que ontem estava em clima de batalha — a prévia
enfrentou uma série de problemas, quanto ao número de votantes. O
assunto terminou indo parar na Justiça, que expediu três liminares, uma
revogando a outra. O principal problema referia-se aos militantes que
estavam em dia com as contribuições financeiras do partido. Eles tiveram
até o dia 5 para regularizar a situação. Também houve grupos cuja
quitação foi coletiva e esses poderiam ter efetuado o pagamento até o
dia 10. Com a correria, muitos nomes não constavam ontem na lista de
votação.
Comissão vai analisar conduta dos candidatos
Os dois candidatos terminaram apelando à Justiça, mas segundo Pietá, houve até quem mentisse para tirar vantagem de um maior número de votantes. “O que mais provocou indignação foi a atitude com informações falsas daqueles que foram buscar liminar na Justiça, e portanto essas pessoas vão ser avaliadas na comissão de ética do PT”, acusou Pietá, sem citar nomes.
Os dois candidatos terminaram apelando à Justiça, mas segundo Pietá, houve até quem mentisse para tirar vantagem de um maior número de votantes. “O que mais provocou indignação foi a atitude com informações falsas daqueles que foram buscar liminar na Justiça, e portanto essas pessoas vão ser avaliadas na comissão de ética do PT”, acusou Pietá, sem citar nomes.
COMISSÃO DA VERDADE: Marighella arrancou a perna dele! Indenização: R$ 500 por mês. Chefão terrorista foi homenageado pela Comissão da Anistia; terrorista que largou a bomba no local recebe o triplo! Rosa Maria, Paulo Sérgio Pinheiro e Maria Rita Khel aplaudem?
21/05/2012
às 6:39
Seja
para tratar de CPI, seja para tratar da história do Brasil, as
esquerdas, em associação com o JEG e a BESTA, escrevem mentiras
deliberadas para enganar trouxas. Não é que elas ignorem os fatos. Ao
contrário: porque os conhecem muito bem e porque sabem que são
incômodos, preferem a farsa. O coro dos idiotas satisfaz plenamente as
suas ambições.
A dita
“Comissão da Verdade” está instalada. Contra a letra explícita da lei
que a criou, Rosa Maria Cardoso da Cunha, ex-advogada da presidente
Dilma, acena com a revisão da Lei da Anistia e diz que os crimes da
esquerda não serão nem devem ser investigados, com o que concordam Paulo
Sérgio Pinheiro e Maria Rita Khel, que também integram o grupo. Na
história perturbada dos três, não existe um homem como Orlando Lovechio,
cuja história narrei aqui no dia 5 de dezembro do ano passado.
No dia 19 de
março de 1968, o jovem Orlando, com 22 anos, estacionou seu carro na
garagem do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, em São Paulo, onde
ficava o consulado americano. Viu um pedaço de cano, de onde saía uma
fumacinha. Teve uma ideia generosa: avisar um dos seguranças; vai que
fosse um reator com defeito… É a última coisa de que ele se lembra. Era
uma bomba. A explosão o deixou inconsciente. Dias depois, teve parte de
uma das pernas amputada.
Era o
primeiro atentado terrorista da Ação Libertadora Nacional (ALN),
organização chefiada pelo “patriota” Carlos Marighella. ATENÇÃO! O AI-5,
QUE SERVIU DE PRETEXTO PARA AÇÕES VIOLENTAS, SÓ SERIA DECRETADO EM
DEZEMBRO DAQUELE ANO. Ele se preparava para ser piloto. Marighella não
deixou porque, afinal, queria mudar o mundo, não é? A Comissão de
Anistia já fez uma homenagem ao líder terrorista e decidiu indenizar a
sua família.
E Lovecchio?
Conseguiu uma pensão, atenção!, de R$ 500 por mês!!! Foi o que a
Comissão de Anistia achou justo por sua perna. É que a comissão, sabem?,
não previa benefícios para as vítimas dos esquerdistas! As regras só
protegem as “vítimas” do Regime militar. Já Diógenes Carvalho de
Oliveira, um dos que deixaram a bomba no local, recebe, por decisão da
mesma comissão, três vezes mais. E isso não é piada.
Luiz Inácio
Lula da Silva, que ficou preso 40 dias no começo dos anos 1980, sem que
ninguém lhe tenha encostado um dedo, recebe quase R$ 7 mil por mês!
Ziraldo e Jaguar, fundadores do jornal “O Pasquim”, foram beneficiados
com pagamento retroativo de mais de R$ 1 milhão cada um e uma
indenização mensal de R$ 4.375 (em valores de 2010). Sinto vergonha até
de escrever isso! Como foi que nós permitimos que isso acontecesse?
O jovem
Lovecchio não era de direita. O jovem Lovecchio não era de esquerda. Era
só um brasileiro, com futuro, que estava no lugar errado, na hora
errada. Como escreveu um leitor deste blog, a culpa deve ter sido do
regime militar, né?, que obrigava a ALN a explodir bombas, tadinha!
Marighella é aquele senhor que fez o tal “Minimanual da Guerrilha
Urbana”, em que ensinava, de modo meticuloso, como e por que matar
inocentes.
O Filme
O corajoso cineasta Daniel Moreno, hoje com 36 anos, fez um filme a respeito, intitulado “Reparação”. Abaixo, segue um trailer. Fica fácil saber quem é Lovecchio. Falam, entre outros, o professor Marco Antonio Villa, do Departamento de História da Universidade de São Carlos (o que afirma que tanto a esquerda como a direita eram golpistas), e o sociólogo Demétrio Magnoli, o que lembra que uma significativa parte da esquerda “ainda não aprendeu que Stálin era Stálin”.
O corajoso cineasta Daniel Moreno, hoje com 36 anos, fez um filme a respeito, intitulado “Reparação”. Abaixo, segue um trailer. Fica fácil saber quem é Lovecchio. Falam, entre outros, o professor Marco Antonio Villa, do Departamento de História da Universidade de São Carlos (o que afirma que tanto a esquerda como a direita eram golpistas), e o sociólogo Demétrio Magnoli, o que lembra que uma significativa parte da esquerda “ainda não aprendeu que Stálin era Stálin”.
Esses são apenas fatos.
É mais uma contribuição à Comissão da Verdade!
É mais um alerta contra o photoshop da história!
É mais uma contribuição à Comissão da Verdade!
É mais um alerta contra o photoshop da história!
Vejam trecho do filme. Volto em seguida.
Voltei
Assim que Maria Rosa Cardoso da Cunha, Paulo Sérgio Pinheiro e Maria Rita Khel tornarem públicos seus e-mails de trabalho, a gente pergunta o que eles têm a dizer a Orlando. Como ele, são mais de 120 pessoas assassinadas pelas esquerdas. As indenizações e pensões já passam a casa dos R$ 5 bilhões — é isso mesmo! Não errei na conta, não!
Assim que Maria Rosa Cardoso da Cunha, Paulo Sérgio Pinheiro e Maria Rita Khel tornarem públicos seus e-mails de trabalho, a gente pergunta o que eles têm a dizer a Orlando. Como ele, são mais de 120 pessoas assassinadas pelas esquerdas. As indenizações e pensões já passam a casa dos R$ 5 bilhões — é isso mesmo! Não errei na conta, não!
Para encerrar este post — ainda
escreverei outro nesta segunda falando sobre o filme “Reparação”. É
mentira que todos os esquerdistas responsáveis por atentados terroristas
tenham sido punidos de uma maneira ou de outra.
Será que eles suportam mesmo a verdade?
Chega de conversa mole! Matando a charada: “Carlinhos” é só um dos “Cachoeiras” da Delta. Pergunto: “Quem é o ‘Cachoeira’ do Rio, por exemplo?”
Por:Reinaldo Azevedo - 21/05/2012
Caras
e caros, acho que este post põe os pingos nos devidos “is” no que diz
respeito à CPI. Se acharam que ele vai ao ponto que interessa, cuidem de
ajudar a espalhá-lo por aí. Vamos lá.
Os
fragmentos de narrativa e de conversas que vão vazando das escutas
feitas pela PF nas operações Vegas e Monte Carlo vão nos fazendo perder a
noção do todo. Aos poucos, os vários pedaços da verdade vão
contribuindo para construir o que tem tudo para ser uma grande mentira e
um elogio à impunidade. Pensemos.
”Será que
Fernando Cavendish, o dono da Delta, está envolvido com jogo do bicho,
caça-níqueis, essas coisas?” Não há, até agora, nenhum sinal, certo? Não
existem evidências, pois, de que Cavendish seja sócio de Cachoeira na
contravenção, mas há indícios de sobra de que este era parceiro daquele
em alguns empreendimentos. Estão acompanhando?
Outra
questão relevante. Ainda que não existisse uma Delta, Cachoeira seria
quem é no mundo da contravenção. Essa sua atividade específica independe
de contratos com o governo, licitações, obras públicas etc. Assim, ele
tem de ser investigado e, dado o que já se sabe, punido por suas ações
no jogo. Atenção para isto: o contraventor já existia antes de a Delta
ser o quer é. Haveria a obrigação de investigá-lo ainda que ele não
tivesse contato com construtora nenhuma.
O que estou
querendo dizer é que a investigação tem de ser dividida em dois grupos:
num deles, encontramos Cachoeira, os caça-níqueis, a exploração do jogo
etc. É coisa séria, que merece atenção? É, sim! Afinal, ele contava até
com parlamentares que atuavam como despachantes de seus interesses, a
exemplo do que se depreende de seus diálogos com o senador Demóstenes
Torres. Restringir, no entanto, a investigação a Cachoeira, como quer o
PT — defendeu essa posição até numa Resolução Nacional — corresponde a
fraudar de forma espetacular a verdade.
Quem é Cachoeira mesmo?
Cachoeira é um contraventor que tem de ser punido na forma da lei, independentemente de seus vínculos com Cavendish. MAS ELE TAMBÉM ERA O HOMEM DA DELTA NA REGIÃO CENTRO-OESTE. E agora chegamos ao ponto: Cavendish não aparece nas conversas de Cachoeira sobre jogo porque, de fato, não tem nada com isso! O bicheiro era o seu operador e intermediário em assuntos no Centro-Oeste. Seu raio de ação não ia muito além dessa região, especialmente Goiás e o Distrito Federal.
Cachoeira é um contraventor que tem de ser punido na forma da lei, independentemente de seus vínculos com Cavendish. MAS ELE TAMBÉM ERA O HOMEM DA DELTA NA REGIÃO CENTRO-OESTE. E agora chegamos ao ponto: Cavendish não aparece nas conversas de Cachoeira sobre jogo porque, de fato, não tem nada com isso! O bicheiro era o seu operador e intermediário em assuntos no Centro-Oeste. Seu raio de ação não ia muito além dessa região, especialmente Goiás e o Distrito Federal.
Assim, insisto: duas investigações precisam ser feitas: a) a que envolve as ações ilegais do bicheiro como bicheiro; b)
a que envolve as ações do bicheiro como parceiro da Delta. E é nesse
ponto que a coisa fica interessante: Cachoeira era apenas um dos,
digamos, “escritórios” que cuidavam do interesse da empresa. Cavendish,
que já declarou ser possível comprar um senador por R$ 6 milhões,
ESTABELECEU UMA PARCERIA COM ELE EM ASSUNTOS LOCAIS. Mas certamente não
era o bicheiro que atuava como procurador da Delta no Rio, por exemplo.
Quando
Candido Vaccarezza mandou aquele torpedo amoroso para o governador
Sérgio Cabral (PMDB), já sabia que o nome do governador do Rio não
frequenta as conversas do bicheiro com sua turma. ORA, NEM PODERIA!
Tanto no jogo ilegal como no assalto ao erário, a região de Cachoeira,
insisto, é o Centro-Oeste.
O leitor
esperto já se tocou, não? Cumpre perguntar: quem é o braço operativo de
Cavendish no Rio, por exemplo? O bicheiro pode ser hábil, poderoso e
tal, mas aquela não era uma área que ele dominasse. Podem virar do
avesso os contratos de R$ 1,1 bilhão do estado do Rio com a Delta, e
duvido que se encontre por ali o dedo de Cachoeira. A construtora, está
claro como a luz do dia, tinha operadores regionais. No Cetro-Oeste,
ficamos todos sabendo, parece difícil fazer um negócio sem se molhar na
fonte do contraventor, mas não fora dali. Tendo a achar que isso explica
aquele rasgo vaccarezzo-shakespeariano. O petista dirceuzista estava
dando garantias a Cabral de que a CPI vai se limitar ao Centro-Oeste e
não quer saber dos outros “Cachoeiras” espalhados Brasil afora.
Quem não se lembra?
A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) acusaram maracutaias da Delta no Ceará, em 2010!!! A operação “Mão Dupla” identificou de tudo por lá: propina, fraudes em licitações, desvio de verbas, superfaturamento, pagamentos irregulares e emprego de material de qualidade inferior ao contratado em obras comandadas pelo Dnit. Um diretor local da Delta, Aluizio Alves de Souza, e o superintendente no Dnit no Estado, Joaquim Guedes Martins de Neto, foram presos. Mesmo assim, o governo celebrou com a construtora outros 31 contratos, no valor de quase R$ 800 milhões. Pergunto: o Ceará estava sob a jurisdição de Cachoeira??? Não! O “homem” da construtora no Estado era outro.
A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) acusaram maracutaias da Delta no Ceará, em 2010!!! A operação “Mão Dupla” identificou de tudo por lá: propina, fraudes em licitações, desvio de verbas, superfaturamento, pagamentos irregulares e emprego de material de qualidade inferior ao contratado em obras comandadas pelo Dnit. Um diretor local da Delta, Aluizio Alves de Souza, e o superintendente no Dnit no Estado, Joaquim Guedes Martins de Neto, foram presos. Mesmo assim, o governo celebrou com a construtora outros 31 contratos, no valor de quase R$ 800 milhões. Pergunto: o Ceará estava sob a jurisdição de Cachoeira??? Não! O “homem” da construtora no Estado era outro.
Pergunto
outra vez: “Quem será, hein, o ‘Cachoeira’ de Cavendish no Rio? Assim
como, no Centro-Oeste, foi preciso recorrer ao estado paralelo
cachoeirístico para viabilizar negócios, quem terá, nas terras
fluminenses, feito pela Delta o que fazia Cachoeira na região central do
Brasil? Entenderam o busílis? Uma coisa é apurar a infiltração da
contravenção no estado etc e tal… É grave? É grave! Mas isso, convenham,
para os cofres públicos, beira a irrelevância quando se pensa, só para
ficar nas obras do PAC, em R$ 4 bilhões! A INVESTIGAÇÃO QUE MAIS INTERESSA É OUTRA: QUAIS SÃO OS BRAÇOS QUE OPERAM O ESQUEMA DELTA NO BRASIL?
Esse é o ovo de Colombo. E parece que é isso o que a CPI quer esconder.
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que deixou por um tempos a
militância em favor da descriminação da maconha para cuidar de outros
baratos na CPI, chama a possibilidade de se investigar a Delta em escala
nacional de “devassa”!!! Esse é um dos que preferem perseguir a
imprensa a ficar no encalço de larápios, que roubam os cofres públicos.
Agora, sim!
Agora, sim!, as coisas parecem mais claras. Misturar no mesmo imbróglio a jogatina — que tem de ser investigada e punida! — e o esquema Delta corresponde a mentir de forma asquerosa para os brasileiros. No Centro-Oeste, em razão das atividades pré-existentes de Cachoeira, essas duas coisas se cruzaram. Cachoeira ainda é um contraventor local, com aspirações de estender nacionalmente a sua influência. A Delta, nesse sentido, lhe era um canal e tanto. A teia verdadeiramente nacional é outra: chama-se Delta. E é preciso saber o nome dos outros “cachoeiras”. PARA QUE TODOS SEJAM PUNIDOS POR SEUS EVENTUAIS CRIMES.
Agora, sim!, as coisas parecem mais claras. Misturar no mesmo imbróglio a jogatina — que tem de ser investigada e punida! — e o esquema Delta corresponde a mentir de forma asquerosa para os brasileiros. No Centro-Oeste, em razão das atividades pré-existentes de Cachoeira, essas duas coisas se cruzaram. Cachoeira ainda é um contraventor local, com aspirações de estender nacionalmente a sua influência. A Delta, nesse sentido, lhe era um canal e tanto. A teia verdadeiramente nacional é outra: chama-se Delta. E é preciso saber o nome dos outros “cachoeiras”. PARA QUE TODOS SEJAM PUNIDOS POR SEUS EVENTUAIS CRIMES.
Punir apenas
Carlinhos Cachoeira, Demóstenes e mais um dois ou três não é injusto,
não, no que diz respeito à turma e às suas ações. Punir apenas essa
gente é injusto com o Brasil! E se trata de mais uma aposta na
impunidade, que está na raiz de toda essa lambança.
Se a CPI não investigar para valer a Delta no Brasil inteiro, estará mandando um recado aos demais “Cachoeiras” do esquema:
“Vocês são nossos, nós somos seus, e o Brasil e os brasileiros que se danem”.
“Vocês são nossos, nós somos seus, e o Brasil e os brasileiros que se danem”.
Texto publicado originalmente às 4h27 desta segunda
segunda-feira, 14 de maio de 2012
E o sertão não virou mar! O sertão virou… sertão!
14/05/2012
às 6:45
O Globo publicou ontem uma reportagem sobre a seca no Nordeste que dá o que pensar, Não! Não vou culpar Lula, o PT, o governo etc., como certamente fariam os petistas com a administração federal caso estivesse na Presidência um tucano, por exemplo. É bem verdade que já dispomos de condições técnicas para antecipar medidas. A falta de chuva não é uma surpresa. O que vai abaixo nos leva a pensar a distância que há entre a retórica oficial e os fatos.
O Bolsa Família teve, sim, um impacto positivo na economia do Nordeste, todos sabem. Mas o tal “milagre econômico” na região também foi beneficiado por chuvas, na média generosas nos últimos anos. Agora que a região passa a enfrentar aquela que é considerada uma das maiores secas em muitas décadas — logo, deixem o inexistente “aquecimento global” fora disso… —, o que se vê é que pouca coisa mudou naqueles vastos sertões e naquelas vastas solidões.
Ao flagelo da seca, junta-se o flagelo político — e se nota que a estrutura clientelista lida com os recursos públicos nos mesmos moldes do que já foi chamado um dia “indústria da seca”. Em lugar dos conoréis, os demagogos. As obras bilionárias da mítica transposição do São Francisco não são uma resposta para esse tipo de problema, com essa abrangência. O sertão não vai virar mar. Infelizmente, ainda dependente da chuva, o sertão voltou a virar sertão.
Ah, sim: não obstante essa realidade, os alopradinhos de pança cheia gritam: “Veta, Dilma!”. Querem porque querem diminuir em 33 milhões de hectares a área plantada no Brasil. Querem pobre vivendo de luz, a luz que não falta ao Nordeste… Leiam o texto.
Seca histórica gera guerra por água no sertão do Nordeste
Por Letícia Lins e Efrém Ribeiro, da Agência A Tarde:
Considerada a pior dos últimos 50 anos em alguns estados do Nordeste, a seca está provocando um confronto que só se imaginaria no futuro: a guerra pela água. Em Pernambuco, essa luta já começou com tiros, morte e exploração da miséria. Protestos desesperados são registrados não só lá, mas em várias regiões do semiárido, onde a estiagem já se alastra por 1.100 municípios. A população pede providências imediatas dos governos para amenizar os efeitos devastadores. A situação só não é pior já que as famílias contam com os programas sociais, como o Bolsa Família. Como observam agricultores, a preocupação no momento é maior com os animais, que estão morrendo de sede e fome, do que com as pessoas.
Considerada a pior dos últimos 50 anos em alguns estados do Nordeste, a seca está provocando um confronto que só se imaginaria no futuro: a guerra pela água. Em Pernambuco, essa luta já começou com tiros, morte e exploração da miséria. Protestos desesperados são registrados não só lá, mas em várias regiões do semiárido, onde a estiagem já se alastra por 1.100 municípios. A população pede providências imediatas dos governos para amenizar os efeitos devastadores. A situação só não é pior já que as famílias contam com os programas sociais, como o Bolsa Família. Como observam agricultores, a preocupação no momento é maior com os animais, que estão morrendo de sede e fome, do que com as pessoas.
Na beira das estradas que conduzem ao sertão, o verde não mais existe. Ao longo das BRs 232 e 110, em Pernambuco, carroças puxadas a jumentos magros tomam conta das margens em busca de água. Nos 100 quilômetros de extensão da PE 360, que liga os municípios sertanejos de Ibimirim e Floresta, há 28 pontilhões sob os quais os córregos corriam fortes. Hoje, estão todos secos. Até mesmo o leito do Riacho do Navio - que ganhou fama na voz do cantor Luiz Gonzaga — esturricou. Na última quinta-feira, bois magros tentavam em vão matar a sede e tudo que encontravam era uma poça de lama escura naquele conhecido afluente do rio Pajeú.
Em Pernambuco, 66 municípios do sertão e do agreste estão em estado de emergência reconhecido. O quadro tende a se agravar já que a temporada de chuva está encerrada e os conflitos aumentam. Em Bodocó, no início do mês, o agricultor João Batista Cardoso foi cobrar abastecimento regular na sede local da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e acabou morto. João Batista se desentendeu com o chefe do escritório da estatal, José Laércio Menezes Angelim, que disparou o tiro e hoje está foragido.
Outra face cruel para as vítimas da seca é a exploração: se no passado eram os coronéis que manipulavam currais eleitorais distribuindo água, hoje as denúncias recaem sobre ‘pipeiros’, geralmente candidatos a vereador e seus cabos eleitorais, donos dos caminhões de água. A situação está tão grave que o governo decidiu rastrear todos os carros-pipa que circulam na caatinga. A Compesa começou a fazer operações para conter também o furto da água. Prevista para durar três meses, as ações contam até com helicóptero.
Até a última quinta-feira, foram detectados treze pontos suspeitos, com registro de desvio para campos irrigados. A água roubada do estado também abastecia reservatórios para carregar pipas e até mesmo um tanque com 50 mil peixes em Ouricuri. Segundo a Compesa, a perseguição aos furtos é para garantir água a 200 mil famílias. “As barragens ficaram secas, o povo está com sede, mas o carro leva água para colher voto. Os donos dos caminhões ganham por dois lados: recebem do governo e o voto do povo. As pessoas prejudicadas não reclamam porque têm medo. Há culpa tanto do estado quanto do município”, reclamou Francisco da Silva, sindicalista da região. De acordo com o secretário de Agricultura, Ranilson Ramos, há 800 pipas rodando a caatinga, para atender as famílias.
Na Bahia, a seca é considerada a pior dos últimos 50 anos. A longa estiagem no estado já levou 234 dos 407 municípios baianos a decretar estado de emergência. O governo estadual já reconheceu a emergência em 220. A seca está devastando as lavouras baianas e afetando a pecuária. Os preços dispararam: o quilo do feijão, por exemplo, aumentou 40% este ano. Em Salvador já custa R$ 8.
No Piauí, 152 municípios do semiárido, onde vivem 750 mil pessoas, estão sofrendo. No estado, um caminhão-pipa de até 15 mil litros de água não sai por menos de R$ 120 e as perdas das lavouras de milho, feijão e mandioca foram de 100% — contabilizou o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), Evandro Luz. “A população padece de sede. Muita gente está há 40 dias sem água porque não tem dinheiro para comprar. Plantações inteiras foram perdidas”, afirmou Luz.
Os presidentes dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais pediram à Central Nacional de Abastecimento cestas básicas para as famílias enfrentarem a fome. No estado, não há chuva forte desde julho. Por falta de alimentos, pequenos criadores estão soltando o gado para que os animais procurem água e pasto. “Vivemos a maior seca de nossa história”, disse Wilson Martins, governador do Piauí, que em abril participou da reunião com a presidente Dilma Rousseff, que liberou R$2,7 bilhões para minorar os efeitos da estiagem e anunciou a Bolsa Seca de R$ 400. Segundo a Fetag, os recursos ainda não chegaram.
sábado, 12 de maio de 2012
HÁ 2 LIGAÇÕES ENTRE POLICARPO E CACHOEIRA, NÃO 200! LEIAM O QUE DIZEM DOIS DELEGADOS DA PF. E O PAPEL PATÉTICO DO EX-CAÇADOR DE MARAJÁS E ATUAL CAÇADOR DE JORNALISTAS
12/05/2012
às 6:53A quadrilha da Internet estava mentindo.
A verdade vem à tona de forma clara, cristalina, inequívoca.
Lembram-se da Operação Monte Carlo e das supostas 200 ligações trocadas entre Carlinhos Cachoeira e Policarpo Júnior, um dos redatores-chefes da VEJA e chefe da Sucursal de Brasília? NÃO ERAM, NÃO SÃO E NUNCA FORAM 200! ERAM, SÃO E SEMPRE FORAM DUAS!!!
A canalha
resolveu multiplicar o número por 100 para ver se conseguia dar ares de
crime ao trabalho normal de um jornalista. Os que se dedicaram a
espalhar a mentira nunca quiseram, como vocês sabem, apurar as ligações
do grupo de Cachoeira com os políticos e com o Estado brasileiro.
Queriam, isto sim, desmoralizar os fundamentos de uma democracia, a
saber:
– a oposição (ela só existe em países democráticos);
– a Procuradoria-Geral da República (ela só é independente em países democráticos);
– a Justiça (ela só é isenta em países democráticos);
– a imprensa (ela só é livre em países democráticos).
– a oposição (ela só existe em países democráticos);
– a Procuradoria-Geral da República (ela só é independente em países democráticos);
– a Justiça (ela só é isenta em países democráticos);
– a imprensa (ela só é livre em países democráticos).
Mas atenção!
Ainda que houvesse mesmo 200 conversas ou que, sei lá, surjam outras
198 do éter, o que o número, por si só, provaria? Nada! Policarpo
estaria, como estava, em busca de informações que colaboraram para a
demissão de pessoas que não zelavam pelo interesse público. E quem as
demitiu, repito, foi Dilma Rousseff. Não consta que esteja pensando em
recontratá-las.
OS
MENSALEIROS E SEUS BRAÇOS DE ALUGUEL TENTARAM SEQUESTRAR AS
INVESTIGAÇÕES DO CASO CACHOEIRA E A PRÓPRIA CPI PARA, DESMORALIZANDO
TODAS AS INSTÂNCIAS DO ESTADO DE DIREITO, PROTEGER BANDIDOS,
QUADRILHEIROS, VIGARISTAS E SOCIOPATAS.
Os delegados
Bastaram, no entanto, duas sessões da CPI para que ficasse claro quem é quem e quem quer o quê. Policarpo é citado, dados todos os grampos da Operação Monte Carlo, 46 vezes nos grampos. Os homens de Cachoeira e o próprio se referem, em suas conversas, a mais de 80 pessoas — inclusive a presidente Dilma Rousseff. Em algumas dessas citações, por exemplo, o contraventor e o senador Demóstenes estão é combinando uma forma de abafar a repercussão de uma reportagem publicada pela VEJA em maio do ano passado e que apontava o suspeito crescimento da… DELTA! Eis a VEJA que alguns vigaristas queriam criminalizar. E foi a VEJA, diga-se, o primeiro veículo impresso a tornar públicas as relações de Demóstenes com Cachoeira — na edição que começou a chegar aos leitores no dia 3 de março!
Bastaram, no entanto, duas sessões da CPI para que ficasse claro quem é quem e quem quer o quê. Policarpo é citado, dados todos os grampos da Operação Monte Carlo, 46 vezes nos grampos. Os homens de Cachoeira e o próprio se referem, em suas conversas, a mais de 80 pessoas — inclusive a presidente Dilma Rousseff. Em algumas dessas citações, por exemplo, o contraventor e o senador Demóstenes estão é combinando uma forma de abafar a repercussão de uma reportagem publicada pela VEJA em maio do ano passado e que apontava o suspeito crescimento da… DELTA! Eis a VEJA que alguns vigaristas queriam criminalizar. E foi a VEJA, diga-se, o primeiro veículo impresso a tornar públicas as relações de Demóstenes com Cachoeira — na edição que começou a chegar aos leitores no dia 3 de março!
No
depoimento prestado à CPI no dia 8, indagado pelo senador Fernando
Collor (PTB-AL), hoje a voz mais extremista contra a imprensa na CPI, o
delegado Raul Souza foi claro, inequívoco, para decepção daquele que
começou caçando marajás e, vivendo o seu ocaso, tenta caçar jornalistas e
cassar a imprensa livre: as conversas de Policarpo com
Cachoeira, afirmou, eram diálogos normais entre um repórter e uma fonte,
sem qualquer evidência de troca de favores.
Mas Collor,
os mais maduros se lembram, é uma alma obsessiva. Quando presidente, a
gente olhava pra ele, com os olhos sempre estalados, e desconfiava da
existência de algum espírito obsessor (Deus nos livre!). Deu no que deu.
Tendo sido fragorosamente malsucedido na operação que lhe encomendou a
ala sectária do PT — José Dirceu, Rui Falcão e outras lorpas da
democracia —, ele voltou à carga no depoimento de outro delegado,
Matheus Rodrigues. Enquanto alguns parlamentares tentavam apurar os
vínculos entre Cachoeira e políticos, o atual Caçador de Jornalistas
seguia firme no seu intento de tentar criminalizar a imprensa. E
mergulhou, definitivamente, no patético.
O diálogo com Matheus
Este blog ouviu um relato sobre a espantosa conversa do senador com o delegado Rodrigues. Fiquem frios. Logo surge uma gravação clandestina na praça. Consta que o homem foi ficando irritado à medida que via as suas ilações e suspeitas indo por água abaixo.
Este blog ouviu um relato sobre a espantosa conversa do senador com o delegado Rodrigues. Fiquem frios. Logo surge uma gravação clandestina na praça. Consta que o homem foi ficando irritado à medida que via as suas ilações e suspeitas indo por água abaixo.
Collor
iniciou a sua intervenção lembrando que a CPI havia sido instalada para
investigar as ações criminosas de Cachoeira e de agentes públicos e
privados que com este teriam colaborado. E partiu pra cima de Policarpo e
da VEJA. Perguntou se o jornalista era coautor de um algum crime.
Detestou a resposta:
“Não, excelência! Eu já falei e vou insistir”.
“Não, excelência! Eu já falei e vou insistir”.
A excelência
não se conformou. Tentou obrigar o delegado a acusar Policarpo de algum
crime. Como não realizasse o seu intento, este gigante do pensamento
jurídico, este monstro sagrado da lógica — que é sócio de jornal e de
emissora de televisão!!! — queria saber se Cachoeira havia passado a
Policarpo alguma informação que tivesse obtido com escutas ilegais.
Outra negativa e a fala inequívoca: havia entre Policarpo e Cachoeira ”uma relação de informante, de passar uma informação como fonte”.
Roxo de raiva
Collor, vocês se lembram, era dado a refletir com as pernas. Quando ficava com vontade pensar, saía correndo. Certo dia, abusando de sua cultura filosófica, declarou que tinha “aquilo roxo”. Como o segundo delegado ouvido também não disse o que ele queria ouvir, roxo de raiva, decidiu partir para a peroração solitária. Acusou VEJA de obter “ganhos pecuniários” com as reportagens que publicou. Bem se vê que este senhor nunca administrou as empresas da família. Só pega mesmo a grana na condição de acionista. A ilação é estúpida de várias maneiras:
Collor, vocês se lembram, era dado a refletir com as pernas. Quando ficava com vontade pensar, saía correndo. Certo dia, abusando de sua cultura filosófica, declarou que tinha “aquilo roxo”. Como o segundo delegado ouvido também não disse o que ele queria ouvir, roxo de raiva, decidiu partir para a peroração solitária. Acusou VEJA de obter “ganhos pecuniários” com as reportagens que publicou. Bem se vê que este senhor nunca administrou as empresas da família. Só pega mesmo a grana na condição de acionista. A ilação é estúpida de várias maneiras:
1)
assuntos políticos (especialmente notícias ruins, envolvendo corruptos)
não são os que mais vendem revistas, como sabem todas as pessoas que
são do ramo;
2) se uma revista quisesse apenas vender mais, daria só boas notícias. Ocorre que o jornalismo que se preza tem compromissos com a moralidade pública e a com ética. Se isso implicar publicar as más notícias, elas serão publicadas;
3) se a tese estúpida do senador fizesse algum sentido, jornais e revistas teriam de distribuir gratuitamente as edições que são obrigadas a relatar tragédias — só assim não seriam acusados de lucrar com a desgraça alheia;
4) veículos que se prezam, que têm vergonha na cara, que não são financiados com dinheiro público, têm a maior parte — ESMAGADORA!!! — de sua receita oriunda de anunciantes privados. Não raro, o preço de capa de uma revista é inferior a seu custo como produto;
5) a maior parcela da receita derivada da venda de jornais e revistas vem das assinaturas, não da venda em banca. Logo, se há ou não notícia de escândalo, isso é irrelevante. O leitor, como todas as pessoas moralmente saudáveis do mundo, prefere a boa notícia.
2) se uma revista quisesse apenas vender mais, daria só boas notícias. Ocorre que o jornalismo que se preza tem compromissos com a moralidade pública e a com ética. Se isso implicar publicar as más notícias, elas serão publicadas;
3) se a tese estúpida do senador fizesse algum sentido, jornais e revistas teriam de distribuir gratuitamente as edições que são obrigadas a relatar tragédias — só assim não seriam acusados de lucrar com a desgraça alheia;
4) veículos que se prezam, que têm vergonha na cara, que não são financiados com dinheiro público, têm a maior parte — ESMAGADORA!!! — de sua receita oriunda de anunciantes privados. Não raro, o preço de capa de uma revista é inferior a seu custo como produto;
5) a maior parcela da receita derivada da venda de jornais e revistas vem das assinaturas, não da venda em banca. Logo, se há ou não notícia de escândalo, isso é irrelevante. O leitor, como todas as pessoas moralmente saudáveis do mundo, prefere a boa notícia.
Se errou na
moral, se errou na ética, se errou no alvo — se errou, obrigo-me a
dizer, na vida, já que é o único presidente impichado (só não houve o
impeachment formal porque renunciou) da história do Brasil —, errou
também ao fazer digressões tolas sobre o setor de revistas.
Vinte anos
depois da capa histórica de VEJA, em que Pedro Collor chutou o mastro do
circo do irmão, o agora senador tenta se vingar da revista. Quebraram
todos a cara — ele e a ala extremista do PT da qual aceitou o triste
papel de laranja.
Reportagens
de VEJA, algumas feitas por Policarpo Júnior, ajudaram a pôr para fora
da Esplanada dos Ministérios pessoas que estavam lá descumprindo o
juramento que fizeram ao povo. Como ajudaram, há 20 anos, a depor um
outro bufão, que também tomava a sua comédia pessoal como parte da
história universal.
Collor não vai conseguir o “impeachment” jornalístico da VEJA porque a revista é limpa! Ponto.
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