quinta-feira, 28 de julho de 2011

LULA E DILMA



         Na campanha presidencial de 2002, Lula ficou tão agradecido ao PL (que depois virou PR) por lhe haver indicado o saudoso José Alencar para vice-presidente, que, alem de mandar José Dirceu começar o Mensalão comprando o dono do PR, Waldemar Costa Neto, por R$20 milhões, ainda entregou ao partido o Ministério dos Transportes com seus bilhões de verbas para estradas e todo tipo de obras rodoviárias e ferroviarias.
O primeiro ato do PR no ministério foi errar de letras : em vez de PR Partido da Republica, decidiu que PR era Partido do Roubo. E armaram um esquema de corrupção aparentemente indestrutível, que passou intocável os 8 anos dos dois governos de Lula e começou o governo de Dilma.
Mas Dilma não é Lula, o incansavel protetor dos corruptos, que ameaçou o Supremo Tribunal Federal de percorrer o pais inteiro para “provar que o processo do Mensalão é uma farsa”. Dilma começou demitindo o ministro, que veio dos governos Lula e foi imposto a ela por Lula. Atrás dele já demitiu mais 14. E há outros para os próximos dias.  
E cada dia novos escândalos vão se multiplicando. No começo, a gloriosa “grande imprensa” veio denunciando com cuidados, em manchetes de pelica. Agora, não deu mais para segurar: haja corrupção!
         - “O diretor-geral do Dnit, Luis Antonio Pagot (que fugiu de férias para não ser demitido mas vai ser quando voltar) está construindo uma casa de três pavimentos e 615 m2 em Cuiabá. Corretores ouvidos pelo Globo avaliam que, depois de pronta, poderá custar mais de R$1,5 milhão”.
O “Jornal Nacional” mostrou que o terceiro do PR demitido por Dilma, José Francisco das Neves, o Juquinha, diretor-presidente da Valec (estatal ferroviária)  desde o primeiro governo Lula, comprou tres enormes fazendas em Goiás, pagas com 13 milhões levadas por ele em malas.    
Em editorial, o “Globo” definiu muito bem :
- “O ministério se transformou no balcão de negócios do PR”.  
E os bigodes imortais do Merval Pereira explodiram :
- “É um desfile de desfaçatez”.
         Na “Folha”, a serena e lúcida Eliane Cantanhede foi ao fundo:   
         - “Isso só pôde ocorrer em tal dimensão, à luz do dia, durante tantos anos e favorecendo tanta gente, por causa de duas palavras malditas : facilidade e impunidade”.
         Eliane, houve mais duas palavras : proteção e cobertura.         De Lula.

Por Sebasião Nery.

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