sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Mirem-se no exemplo das Raimundas e Marias atormentadas pelo abandono


Mauro Pereira
Anunciando a chegada do final do 9º ano da Era da Mediocridade, o mês de dezembro teve um início igual aos outros onze que o antecederam e tudo indica que terá o mesmo desfecho. Denúncias de superfaturamento em obras da Copa do Mundo, desperdício do dinheiro público em puxadões improvisados, a dor que não cessa da presidente e a queda de mais um ministro, o 16º em nove anos de governo petista. Quinze por envolvimento em atos de corrupção e um por problemas psicológicos. Nessa mesmice indecorosa, dois fatos diferentes entre si, mas intimamente ligados, me chamaram a atenção. Um pelo viés insólito. Outro pela dramaticidade implícita.
Recepcionados por Hugo Chavez, sob o patrocínio da CELAC (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos), reuniu-se em Caracas a fina flor da democracia imposta à América Latina e ao Caribe. Desfilaram sob os holofotes da imprensa capitalista a ser censurada democratas excêntricos da estirpe dos Castros, dos Morales, dos Correias, dos Ortegas, das Kirchners. Todos em torno do mesmo ideal: socializar os latinos e caribenhos e capitalizar os dividendos oferecidos pelo poder. Tanto os políticos como os econômicos.
Aquele ajuntamento de tiranetes decadentes, cada um embalando o sonho de ter seu país particular, uma imprensa companheira sensível às suas aspirações, a população submetida a circo e a oposição à bala, aprovou por unanimidade moção que celebra a hostilidade aos americanos do norte e vetou o ingresso dos Estados Unidos e do Canadá na entidade. Decididos a garantir que a injustiça não prospere em qualquer quadrante continental, negaram-se a abrigar no seio imaculado da CELAC os regimes autoritários instaurados nas duas nações e repudiaram com veemência o desrespeito aos direitos humanos sistêmico e a corrupção endêmica que assolam aquelas aquelas paragens. Em nome dos brasileiros que a elegeram, Dilma Rousseff assinou o documento final que ridiculariza nossa inteligência e desdenha da fome que consome os latinos-americanos e os caribenhos ao ameaçar com a expulsão os governos autoritários e antidemocráticos do Canadá e dos EUA.  Representante de uma das democracias mais sólidas e evoluídas do planeta, coube ao presidente cubano Raul Castro o privilégio de ser um dos primeiros a chancelar a farsa.
Contrapondo-se à orgia democrática latino-caribenha, o Brasil tomava conhecimento de um drama que se desenrolava em algum lugar do Maranhão. Seus personagens principais, o apresentador de televisão Gugu Liberato e uma família de oito pessoas que sobrevivia em condições sub-humanas representada por Maria, a mãe, precocemente envelhecida pela miséria e Raimunda, a filha quase adolescente, cujo olhos tristes não ousavam encarar seu interlocutor, talvez com medo de que ele descobrisse alguma culpa que nunca fora sua ─ ou percebesse a vergonha que era sua mas que jamais produzira. Ambas, mãe e filha, envilecidas pelo abandono.
De repente, vi saltar ali na minha frente a realidade estampada nas pesquisas publicadas pelo IBGE e pela UNICEF. Os números frios das estatísticas ganhavam vida, rostos e nomes e revelavam, com todos os agravantes da degradação absoluta, a condição de precariedade extrema que assola uma parcela significativa da população brasileira. Morando com os sete filhos em um casebre de pau-a-pique coberto por folhas de palmeira e equilibrado em paredes esburacadas que ameaçavam ruir a qualquer momento, aquela brasileira valente sobrevive com o auxílio-doença de uma de suas meninas. Seu corpo alquebrado já não agüenta quebrar coco para prover o sustento. Sem rede de esgoto instalada e a fossa séptica saturada, até aquele domingo que as redimiu, ela e sua prole usavam a mata no fundo do quintal como banheiro e tinham no poço imundo ao lado da palhoça a única possibilidade de saciarem, ainda que com a água contaminada, a sede que as atormentavam e adoeciam.
Assim como elas, teimam em resistir a essa realidade devastadora centenas de milhares de Marias e Raimundas espalhadas por esse chão brasileiro. Sobrou somente a dignidade que as mantém íntegras e prontas para enfrentarem com a mesma coragem e resignação as adversidades que as martirizam, que as autoridades não veem e a propaganda oficial exclui. Desnecessário dizer que esse quadro desolador não é exclusividade só dos brasileiros.
Que a sensibilidade caudilhesca da CELAC mire-se no exemplo dessas mulheres. Apenas Marias e Raimundas. Se bolivianas, venezuelanas ou brasileiras, pouco importa. Todas produtos inteiros de uma sub-américa macabra, despedaçada por super ditadores e protagonizada por sub-presidentes. Sub-evos, sub-hugos, sub-dilmas.
Continuo a não chorar por ti América Latina e chorarei menos ainda depois de consumada na Venezuela essa aventura doidivana. Não és digna de sequer uma lágrima minha. Não enquanto deres guarida a caudilhos e ditadores. Meu pranto e meu lamento eu os dedico às Marias e Raimundas de todos os idiomas, de todos os sotaques, de todas as nacionalidades.
É pouco, quase nada, mas é o que me resta.

Movimento contra a corrupção faz balanço das manifestações

Júlia Rodrigues
Depois de três rodadas de manifestações de rua nos feriados de 7 de setembro, 12 de outubro e 15 de novembro, dezenas de militantes dos grupos que integram o movimento contra a corrupção se reuniram num auditório na Avenida Paulista para fazer um balanço dos atos de protesto e definir os rumos que serão seguidos em 2012. Entre os presentes ao encontro promovido neste 9 de dezembro, Dia Mundial de Combate à Corrupção, o mais conhecido era o procurador aposentado Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT e ex-vice-prefeito de São Paulo.
Convidado para o discurso de abertura, Bicudo afirmou que o Ministério Público precisa agir mais efetivamente para impedir desvios de dinheiro público e garantir a consolidação do regime democrático. “Vivemos a era da corrupção”, observou antes de criticar, em tom de desabafo, a distribuição de verbas e cargos pelos donos do poder. “A sociedade está nauseada com essa bandalheira”, resumiu o advogado Jean Menezes de Aguiar, também professor da Fundação Getulio Vargas. Ao contrário do que ocorreu nas manifestações de rua, os oradores identificaram os alvos principais com mais nitidez.
A presidente Dilma Rousseff, por exemplo, foi reiteradamente cobrada pelos casos de corrupção que já provocaram a queda de seis ministros no primeiro ano de governo. Aguiar condenou enfaticamente a aprovação da Desvinculação das Receitas da União (DRU), que permite ao governo federal usar 20% da verba do orçamento sem prévia aprovação Congresso. “Esse episódio mostra a extensão da promiscuidade estatal”, ironizou. “Nem em um prostíbulo se gasta 20% do dinheiro sem fiscalização”.
Na última parte do evento, Carla Zambelli, dirigente do grupo NASRUAS e organizadora da reunião, pediu que os participantes apresentassem propostas para os próximos meses. A lista de sugestões incluiu a extinção do Senado, a redução dos mandatos parlamentares e a introdução de uma nova disciplina ─ política ─ no currículo obrigatório do ensino médio. “E impossível fazer reforma política sem reformar a educação”, argumentou o cientista político Humberto Dantas, coordenador de cursos de pós-graduação na USP e autor da proposta aprovada por unanimidade.
Além de bandeiras já hasteadas do movimento, como a aprovação da Lei da Ficha Limpa e o fim do voto secreto no Congresso, ficou estabelecido que, em 2012, outras serão desfraldadas em 2012, como a investigação da evolução patrimonial de todos os gestores públicos pela Receita Federal. Também serão associadas ao combate à corrupção datas temáticas como o Dia da Mentira, o Carnaval e o Dia dos Namorados. Os resultados das inovações serão avaliados no próximo encontro, marcado para 17 de março.

GEISEL E LULA

Carlos Alberto Sardenberg
Não foi por acaso que parte da esquerda brasileira encantou-se com a política econômica do presidente Ernesto Geisel, na década de 70. O general, que trazia uma bronca dos americanos, tinha uma visão muito ao gosto da chamada ala desenvolvimentista da América Latina: o Estado comanda as atividades, investindo, financiando, subsidiando, autorizando (ou vetando) os negócios e a atuação de empresas. Mais ainda: com a força das estatais e seus bancos, o governo organiza companhias para atuar em determinadas áreas.
O presidente Geisel, claro, tinha mais poderes do que os governantes da democracia. Todos os setores importantes da economia estavam nas mãos de estatais, de modo que o controle era mais direto. Além disso, havia o AI-5. Quando o presidente dizia a um empresário ou banqueiro o que deveria fazer, a proposta, digamos assim, tinha uma força extra.
Mas Lula arranjou um modo de recuperar o modelo, no que foi apoiado e seguido por Dilma. Geisel, por exemplo, era o dono da Vale. Lula não era, mas pressionou a mineradora, impôs negócios e terminou substituindo o presidente da companhia. Geisel montou as famosas companhias da área petroquímica, tripartites, constituídas por uma empresa estrangeira, uma nacional privada e uma estatal, na base do um terço cada. Aliás, convém notar: não faltaram multinacionais interessadas. O capital não se move por ideologia, mas por… dinheiro. Devia ser um bom negócio entrar num país sem competição, com apoio de um governo local que não devia satisfações ao Legislativo, ao Judiciário ou à imprensa.
Do mesmo modo, as multinacionais do petróleo, hoje, vão topar (ou não) o novo modelo de exploração do pré-sal não por motivos políticos, mas pela possibilidade de ganhar (ou não) dinheiro.
Lula, no regime democrático, substituiu o AI-5 pela ampla base partidária, cooptada e/ou comprada com vantagens e cargos. Na economia, sobraram instrumentos poderosos, como os bancos públicos, especialmente o braço armado de empréstimos especiais do BNDES. Além disso, em um país de carga tributária tão elevada, qualquer redução dá uma vantagem enorme ao setor escolhido. O governo Lula-Dilma usa e abusa desse recurso.
Geisel ampliou a ação da Petrobras, levando-a à petroquímica, ao comércio externo e ao varejo dos postos de gasolina. O presidente Lula também mandou a Petrobras ampliar seus negócios e tratou de devolver à estatal parte do poder que perdera com a lei do petróleo de 1997, colocando-a como dominante no pré-sal.
Geisel tocou grandes obras, grandes projetos. Lula, idem. Não é coincidência que o petista tenha retomado usinas nucleares que constavam do Brasil Potência do general. Geisel tinha outra grande vantagem. Na época, não tinha licença ambiental, não tinha Ministério Público, nem sindicatos, nem juízes, nem ONGs para suspender obras.
Já Lula e Dilma passam o tempo todo tentando driblar esses “estorvos”, mas vai tudo mais devagar. Inclusive porque a repartição do governo por critérios partidários retira eficiência da administração, abre espaço para a corrupção.
O governo Geisel deixou uma ampla coleção de cemitérios fiscais e empresariais. Sua presidência beneficiou-se da estabilidade promovida pelas reformas da dupla Bulhões/Roberto Campos, no governo Castello Branco, e de uma conjuntura mundial favorável. Enquanto o Brasil conseguiu financiamento externo, com os bancos internacionais passando para os países em desenvolvimento os petrodólares, a juros baratos, o modelo ficou de pé. Com a crise mundial dos anos 70, com inflação e recessão, consequência da alta dos preços do petróleo, de alimentos e, em seguida, do choque de juros, a fonte secou e o Brasil quebrou.
Resultaram estatais tão grandes quanto ineficientes. E empresas privadas que não resistiam à menor competição. Sem as tetas do governo, simplesmente sumiram, deixando empresários ricos e uma conta para o contribuinte.
Convém pensar nisso quando Lula e Dilma forçam os bancos públicos a ampliarem seus financiamentos. Quando levam a Petrobras e empresas privadas a investimentos provavelmente acima de suas capacidades. Ou quando o governo toca essas obras enormes, como a transposição do Rio São Francisco ou o trem-bala.
Como Geisel, Lula também herdou uma estabilidade construída pela administração anterior e se beneficiou de um ambiente internacional extremamente favorável.
O ambiente internacional está mais hostil. E já são visíveis alguns ossos de esqueletos: obras atrasadas e mais caras, investimentos ficando pelo caminho, indústrias locais protegidas (e ineficientes), gasto público elevado, desequilíbrios econômicos voltando, como a persistente inflação.

UM MOMENTO DE CINISMO: SEIS MESES ANTES INAUGUARAR O MENSALÃO, LULA PROMETE COMBATER OS CORRUPTOS.

“O combate à corrupção e a defesa da ética no trato da coisa pública serão objetivos centrais e permanentes do meu governo”, fantasia Lula no começo do vídeo de 1min19 que reproduz um dos melhores-piores momentos do discurso de posse, lido no Congresso em 1° de janeiro de 2003. Segundos depois, o orador promete acabar com a “cultura da impunidade”. A turma que lota o plenário da Casa dos Horrores aplaude de pé. Com um sorriso de Mona Lisa que não ensaiou, Marisa Letícia bate palmas. Hasteado atrás da primeira-dama, Antonio Palocci sublinha os aplausos com o rosto sério de quem jamais estupraria o sigilo bancário de um caseiro nem derraparia no tráfico de influência. Segue o palavrório. A câmera volta a passear por Marisa Letícia e Palocci enquanto o presidente parte para a citação da frase que José Dirceu repetia de meia em meia hora antes que se descobrisse tudo: “Ser honesto é mais que apenas não robá e não deixá robá”, ensina. É preciso também “aplicar os recursos públicos com transparência”.
Nomeado para chefiar a Casa Civil, Dirceu virou chefe de quadrilha e aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal. Depois do guerrilheiro de araque, Lula instalou no quarto andar do Planalto a afilhada Dilma Rousseff, que aumentou a produção da fábrica de dossiês, e Erenice Guerra, quadrilheira que fundou a Casa Vil ─ desmoralizada de por Palocci, o reincidente que já escapou duas vezes da cadeia. O inventor do Brasil Maravilha também ornamentou o primeiro escalão com um buquê de prontuários que incluiu Carlos Lupi, Silas Rondeau, Edison Lobão, Humberto Costa, Walfrido dos Mares Guia, Anderson Adauto, Benedita da Silva, Alfredo Nascimento, Wagner Queiroz, Wagner Rossi, Orlando Silva e Saraiva Felipe, fora o resto.
Discursos de posse costumam ser incorporados ao acervo do Museu da República. Revisitado nove anos depois, o trecho do falatório capturado pelo vídeo implora pela transferência para o Museu da Era da Mediocridade ─ mais precisamente para a ala do cinismo, onde poderá descansar ao lado de outras abjeções produzidas pelo sumiço da vergonha. Seis meses antes de 1° de janeiro de 2003, o Padroeiro dos Pecadores havia inaugurado o esquema do mensalão na reunião clandestina em ficou acertada a entrega de R$ 4 milhões ao PL de Valdemar Costa Neto, vulgo Boy. Participaram do encontro que fixou o preço do apoio ao candidato do PT o próprio Lula, José Alencar, José Dirceu e Boy.
No dia em que o novo presidente prometeu combater os corruptos, estava tudo pronto para a institucionalização da roubalheira impune.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

ENTREVISTADOR: AUGUSTO GOMES (RÁDIO RAINHA FM, PROGRAMA PEGA FOGO)
ENTREVISTADO: EVALDO RIOS MAIA (VICE PREFEITO DE ITIÚBA PELO PDT)

Em entrevista na Rádio Rainha FM de Senhor do Bonfim, no programa Pega Fogo do Radialista Augusto Gomes, o vice prefeito de Itiúba, Evaldo Rios Maia (PDT), quando perguntado pelo radialista: Porque isso, esse entrave de uma hora para outra (sobre o racha com a prefeita)? O pedetista respondeu: “Ô Augusto, não é de uma hora prá outra, o itiubense sabe que há vários meses atrás eu já vinha insatisfeito pelas coisas que vem acontecendo. Quantas vezes eu chamei a Cecília no gabinete e disse, prefeita tira, tira, muda se não você vai parar na cadeia, tira você não tá vendo? Aí ela me disse (Cecília): eu estou vendo tudo, você me acha incompetente, sou conhecedora de tudo. Tudo bem, eu não quero saber o que Cecília tem ou deixa de te, porque Cecília não é de Itiúba, a família mora toda no Rio. Um exemplo, a pessoa para saber se o cara tem tantos milhões na conta, de outro, de outro ou de outro é preciso é... sigilo bancário, também não quero dizer que ela tenha ou que não tenha. Sobre isso não. Eu quero me referir é à administração, é funcionário ganhando 250,00. Isso é certo? Um funcionário público do município ganhar 250,00; é a saúde acabada, é os professores fazendo greve na porta da prefeitura, muitas e muitas vezes; é as obras paradas e aquele joguinho, máquinas da prefeitura, caçamba da prefeitura, quer dizer com todo respeito, eu não quero falar mal de quem recebeu a ordem de tocar, o Toinho de Picos e o BANGA, quer dizer, o Banga nunca cuidou de ‘obras’ na vida, foi um candidato a vereador do PT, perdeu, e tomou conta de tudo isso aí; aí o que acontece, está fazendo as casas poplar em Rômulo Campos, eu quero chamar a atenção da sociedade para ir olhar se eu estiver mentindo, na “empreitinha”, chega lá, ah! Só dou tanto prá cobrir, vai 250,00 para dar madeirada, coberta e tudo cada casa. Ah! O alicerce só dou tanto; quer dizer o governo manda aquilo para uma empresa? Como é que vai contabilizar? Diga aí? Quem vai receber o dinheiro da Caixa (Econômica Federal)? É a empresa ou a prefeitura? Augusto Gomes: Não são obras conveniadas não? CONTINUA EVALDO RIOS: Mas, a empresa ganhou a licitação. Como é que vai ser agora a empresa vai entregar a prefeitura, a Caixa vai passar o dinheiro para prefeitura ou a empresa vai continuar recebendo o dinheiro ... MAIS UMA VEZ É INTERROMPIDO POR AUGUSTO GOMES: Tô sem compreender, Itiúba antigamente não tinha, não tinha, é, é, é Casas Populares, hoje tem e estão se queixando, que comparativo é esse?... INTERPELA EVALDO RIOS: Ô Augusto, espera aí, Augusto Gomes você tá vendo é a nível federal, não fale de Itiúba que o governo federal, quantas casas populares tem em Senhor do Bonfim? Responde Augusto Gomes: aqui é pago, pra você ter hoje tem que pagar, é, é minha casa, minha vida, meu quarto, 50 anos se tu pagar parece que lá (em Itiúba) é dado... Evaldo Rios interrompe: Lá também tem minha casa minha vida, casa do lixão, que até o menino secretário do PT botou no site, minha casa meu lixo, um negócio desses, o itiubense sabe, parece que ele tirou... INTERROMPE MAIS UMA VEZ AUGUSTO GOMES: Ali são vendidas aquelas casas? Responde Evaldo Rios: é, é sim... INTERROMPE AUGUSTO GOMES: então é a empresa que explora? Responde: é, mas parou e entregou, a empresa parou e entregou então a contradição lá Augusto é muito grande, porque a Cecília (prefeita de Itiúba) sabe falar, todo mundo sabe que ela é palestrante, ela chega aqui fala o que quer bonito com a voz macia... MAIS UMA VEZ O RADIALISTA INTERROMPE: como o Senhor também... VOLTA A FALAR EVALDO: Não, mas eu estou falando “a realidade” será que alguém vai me desmentir que o estádio de futebol se acabou? E ela (a prefeita) recebeu um convênio não sei se 350.000,00 a 500.000,00 e não dá explicação. Será que o povo vai dizer que é mentira, que as casas populares estão paradas? Fazendo a toque de empreitinha, tudo torta, vá lá prá você ver, o madeiramento, a qualidade que colocou na casa tá um absurdo, o maior comentário em cima do mundo, quer dizer, acho que o BANGA (secretário da prefeita) que vai lá e compra como quer, a madeira até o menino tava falando que é de 10ª colocação a qualidade, só você vendo, a casa é toda torta Augusto, não tem engenheiro, não tem mestre qualificado, que seja formado, como é que uma empresa do governo federal o dinheiro do governo federal, é coisa séria, como e que não tem engenheiro para acompanhar as obras? Como é que não tem um mestre de primeira para acompanhar, fazer a empreitinha você sabe, trabalho de empreita o cara quer fazer para ganhar muito, não é? Vai ser um acabamento da pior situação; Taquari disse que ela tava ontem, andando no Taquari porque eu falei dos Quiosques, o recurso do Taquari foi para fazer os quiosques, como o povo, o espaço grande não queria dividir, parou aí a prefeita disse que ia mudar o projeto, aí sumiu o dinheiro, não deu mais explicação... INTERROMPE MAIS UMA VEZ AUGUSTO GOMES: O Senhor tá acusando sumiço de dinheiro Senhor vice prefeito... INTERPELA EVALDO RIOS: Com certeza, porque á foi já foi liberado todo o dinheiro de Taquari (povoado de Itiúba), o dinheiro já foi liberado e parou a obra, não deu explicação o que vai fazer e você pode olhar que o recurso já foi concluído... OUTRA VEZ INTERROMPE AUGUSTO GOMES (quase gritando): Evaldo Rios! O Senhor no palanque nas campanhas como vice, o Senhor metralhava o Senhor Netinho e deputado Luciano Simões, com devo... Qual e a ação de Luciano para com Itiúba? Tenta responder Evaldo Rios: Eu não votei em Luciano (Simões), votei em Roberto Carlos (deputado estadual do PDT) que é do meu partido... INTERROMPE MAIS UMA VEZ AUGUSTO GOMES: Mas, Luciano é de Itiúba Senhor Evaldo Rios... RETOMA EVALDO RIOS: sim Luciano é de Itiuba, de uma grande família, as atuações políticas, tudo bem Luciano tem alguma coisa, que deixa... É contra o governo, e na verdade Luciano peca por Itiúba, isso não tenha dúvida, poderia já ter feito muitas coisas, mandado emendas, recursos para Itiúba, não resta dúvidas, agora... ENTERROMPE NOVAMENTE AGUSTO GOMES: Nesse caso ele (LUCIANO SIMÕES) não faz nada por Itiúba e pensa em atrapalhar a administração, há essa existência... VOLTA EVALDO RIOS: Se o Luciano pensa, eu não sei Augusto Gomes, o que tá acontecendo em Itúba Augusto é que o povo se alertou, o povo está denunciando a prefeita (de Itiúba) e a prefeita que jogar culpa em políticos como que fosse parente de político, como que fosse.. Quer dizer é o povo, você está acompanhando as sessões da Câmara (municipal de Itiúba) e tá vendo as denuncias aparecerem de pessoas que não é parente de nenhum político e Câmara de vereador acatou... INTERROMPE MAIS UMA VEZ AUGUSTO GOMES: Tem um irmão do deputado Luciano na jogada aí, Senhor Evaldo Rios... RETOMA EVALDO RIOS: a última denuncia é do irmão de Luciano (Simões), o Detinho que está pedindo para a Câmara fiscalizar o recurso da Saúde... QUASE GRITANDO, INTERROMPE MAIS UMA VEZ AUGUSTO GOMES: Evaldo Rios! De Itiúba um cidadão perguntou, a sociedade quer saber, existe uma frente, de fora o Senhor e o Zé do Rádio, existe uma frente de políticos mais fracassados que já passarão por lá (pela prefeitura), para queimar a imagem da Cecília Petrina (prefeita)? EVALDO RIOS: Que eu saiba, de forma nenhuma... INTERROMPE AUGUSTO GOMES: O Senhor acusa o prefeito Luciano Simões, ô Luciano Simões não, Netinho ouvi da sua voz... EVALDO RIOS: Com certeza, deixou muito erro... É INTERROMPIDO NOVAMENTE PELO RADIALISTA AUGUSTO GOMES: E hoje tá batendo nas costas dele (Netinho)... RETOMA ENÉRGICO EVALDO RIOS MAIA: Não. Não é bater nas costas, até porque a Cecília (atual prefeita) está errando muito mais Augusto, todo prefeito de Itiúba fez alguma obra com recurso próprio, agora eu quero que a Cecília (prefeita) venha aqui em Itiúba e mostrar o que foi feito com os recursos do município, com recurso próprio, se ela tiver coragem, ela (a prefeita de Itiúba) tem que vim aqui, em sete (07) anos, não é sem sete (07) dias não, de um governo e dizer, foi construído uma obra de 15.000,00 ou 20.000,00 com recurso próprio. E na época de Netinho que também errou muito e outros prefeitos, tudo, a verba era com FPM do município, prédio escolar no município era o dinheiro do município, fizeram muitos (prédios escolares) e a Cecília (atual prefeita) derrubou quase todos, destruiu, nucleou e lá nem prá doar, ah vai apanhar madeira, telha, tá quase tudo derrubado, então, a prefeita de Itiúba, não fez uma obra com recursos próprios, você sabe, Dr. João (ex-prefeito de Itiúba) errou demais, foi cassado, mas chegou em Rômulo Campos calçou quase todo com recurso próprio, chegou em Jacurici da Leste calçou com recurso próprio, fez o curral dos animais com recursos próprios (do município de Itiúba), agora Augusto eu desafio a Cecília a vim aqui (97.3 FM de Senhor do Bonfim) dizer que construiu uma obra de 20.000,00 com recurso próprio, então o que é que acontece os outros prefeitos roubavam então quer dizer, e dinheiro do município oFPM, os convênios fortes que tem está aonde esse dinheiro? INTERROMPE MAIS UMA VEZ AUGUSTO GOMES: Eu pergunto para com o Senhor, você fala dos outros, mas a imagem que a sociedade tem visto a olho nu, de saneamento básico, habitacional, a que se refere o açougue, a sociedade tem visto Evaldo Rios, não sou nenhum advogado de defesa, que eu não voto lá, sou mais amigo seu e do vereador Zé do Rádio do que própria Cecília... Evaldo Rios eu pergunto para com Senhor, Itiúba têm, ZÉ DO RÁDIO (PP), AGNALDO FREITAS (PT), BANGA (PT), EDINHO DO CORREIO (PT do B), AROLDO PINTO (PSB), OTAVIANO (PT), O SENHOR VICE PREFEITO EVALDO RIOS (PDT) E GILSON DO PT, O Senhor é candidato às eleições de 2012? EVALDO RIOS: Eu deixo para o povo escolher Augusto, meu nome tá no meio dos nomes (para prefeito de Itiúba), meu nome todo o mundo já conhece, nós vamos formar um grupo de reuniões e dentro daquele grupo, vamos deixar que os homens de bem faça a chapa... MAIS UMA VEZ É INTERROMPIDO POR AUGUSTO GOMES: Zé do Rádio é muito cotado para ser... Você o apoiaria ou receberia o apoio dele? EVALDO RIOS: tanto recebo como apoio se isso acontecer, é meu amigo, é uma pessoa que merece respeito, é um cidadão de 04 mandatos de vereador, mas não vou dizer que apoio ninguém porque meu nome tá nos pré (candidato) NE? Agora o que é que acontece a chapa vai ser feita com uma união, porque você sabe que política é grupo, e vamos fazer um grupo como sempre foi feito e aí vamos fazer a chapa, não é isso? AUGUSTO GOMES: Evaldo Rios, eu agradeço a sua presença, desejo felicidade, parabéns por ter construído aquela Câmara (de vereadores), desejo ao Senhor e a toda a comunidade itiubense um feliz natal e um próspero ano novo e que o Senhor faça as suas considerações finais e muito obrigado por ter aceitado esse convite e as portas estão abertas e dizer que no site: dizagusto.com no qual a prefeita Cecília ela foi convidada, ela foi entrevistada e lá está a disposição e lembrar a sociedade que lá tem outras matérias. Vice prefeito (Evaldo), muito obrigado. EVALDO RIOS: Bom dia Augusto e ouvintes da FM Senhor do Bonfim, bom dia ao povo de Itúba, quero dizer a todos que a minha posição é essa, todos sabem que não tive participação no governo (de Cecília), fiquei só de fora olhando os erros, todos sabem que está tendo erros que é forte, não precisa eu falar, mas quero dizer que hoje eu estou aqui respondendo umas acusações que a prefeita sempre falou sobre uma pré cassação de mandato porque a Câmara (de vereadores) tá prá julgar e pode ser que a Câmara ache errado e pode descer o pau e se a Câmara achar que ela não tá errada, a Câmara e a Justiça pode absolver, mas eu não estou por detrás disso, a Câmara é soberana tem poder, quero dizer a sociedade de Itiúba, sou humilde, mas se um dia a sociedade de Itiúba entender que o Evaldo deve assumir os destinos de Itiúba, eu sou homem super preparado para administra o município. Muito obrigado a todos e em breve irei fazer mais comentários com essa emissora de Rádio. 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Lula quase nos mete na roubada do Rafale… Até a França acha o caça caro e inviável. Ou: “Nóis num gosta duzamericânu”

07/12/2011 às 16:09


Esta é mesmo do balacobaco. Leiam o que vai na VEJA Online. Volto em seguida:



Dassault poderá interromper produção do Rafale



A fabricante de aviões Dassault interromperá a produção do jato de combate Rafale, se continuar incapaz de vender as aeronaves no exterior. A afirmação foi feita nesta quarta-feira pelo ministro da Defesa da França, Gerard Longuet. “Se a Dassault não vender nenhum Rafale no exterior, a linha de produção será interrompida”, afirmou Longuet. Essa interrupção ocorreria após a França receber as 180 aeronaves que já encomendou. Segundo o ministro, o trabalho de manutenção da aeronave continuará sendo realizado.



O caça Rafale foi alvo de polêmica no Brasil no ano passado. O modelo era o preferido pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em negociação para reequipar a Força Aérea Brasileira (FAB). Lula, na ocasião, ignorou relatório do Comando da Aeronáutica, que avaliou o caça Gripen NG, da empresa sueca Saab, como o melhor para a renovação da frota, além de mais barato. Até agora, porém, o governo brasileiro não tomou uma decisão sobre a compra dos jatos. Devido ao aperto orçamentário, a presidente Dilma Rousseff afirmou por diversas vezes que a compra será postergada, ainda sem prazo.



Emirados Árabes

Com as negociações congeladas no Brasil, a Dassault apostou suas fichas nos Emirados Árabes - com quem vinha negociando desde 2008. Contudo, essa venda - que já era dada como certa pela companhia - também subiu no telhado. O príncipe da coroa de Abu Dhabi, o Sheikh Mohamed bin Zayed, que também é responsável pelas forças armadas do país, afirmou em novembro que as conversas não avançaram, e que as condições oferecidas pela empresa são “impraticáveis”.



Voltei

Pois é… É por isso que Nicolas Sarkozy, embora tenha o nariz do Cyrano de Bergerac, não pode ser considerado um romântico. É muito prático, né? O Brasil era a salvação da lavoura — digo, dos Rafales. A Força Aérea da França é o único cliente do avião… francês! O esperto Sarkozy contava com os sonhos de grandeza do Bananão… Não fosse Lula um falastrão, e a compra dos Rafales teria se efetivado na surdina. Nesse caso, a bazófia salvou os cofres públicos. E que se note: se os 200 Rafales franceses não são o bastante para assegurar a continuidade do caça, não seriam os 50 ou 70 aviões brasileiros que o fariam. Estaríamos comprando uma sucata.





Longuet disse mais: segundo ele, enquanto houve quase as 200 encomendas do Rafales, os americanos produziram 3 mil aeronaves F/A 18 Super Hornet, que também estava entre as opções consideradas pelo Brasil. Mas sabem cumé… Nóis nun gosta duzamericânu…Nóis é antiimperialista…



Por Reinaldo Azevedo

Desde que Ministério da Piaba foi criado, déficit no setor pesqueiro cresceu 3,4 vezes!

Claro, claro, eles vão tentar fazer uma leitura virtuosa do que vai abaixo. Leiam o que vai na própria página do IBGE:



Saldo da balança comercial pesqueira em 2010 é dez vezes menor que em 2006

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o saldo da balança comercial pesqueira, que abrange peixes, crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos, tem se tornado cada vez mais negativo. No ano 2000, as exportações do setor representaram US$ 227,5 milhões, enquanto as importações somaram US$ 274,1 milhões, resultando em um saldo comercial negativo de US$ 46,6 milhões. O saldo viria a se tornar positivo entre os anos 2001 e 2005, mas a situação voltou a se inverter em 2006, quando o saldo ficou negativo em US$ 75,2 milhões. Essa diferença foi aumentando com o passar dos anos até se tornar dez vezes maior em 2010 (- US$ 757,2 milhões), quando as exportações somaram US$ 199,4 milhões e as importações totalizaram US$ 956,5 milhões.



Vejam tabela e gráfico. Volto em seguida.











Voltei

Viram? Quando o ministério foi criado, o superávit no setor era de US$ 222.804.451. No ano seguinte, já havia baixado para US$ 175.330.847. Caiu para US$ 103.576.102… Em 2006, começou o déficit, que foi crescendo, até chegar a US$ 757.169.796…



Isso é que é eficiência, não? O governo do PT criou o Ministério da Pesca, e a gente assistiu a um desastre no setor no que diz respeito à balança comercial. “Mais gente começou a comer peixe, Reinaldo”. Entendo! Ainda bem que não se deu o mesmo com os outros setores que produzem alimentos, né?, ou o Brasil, em vez de acumular reservas, estaria de pires na mão.



E a produção?

Escreve o IBGE:

“Segundo o Ministério da Pesca e Aquicultura, a produção nacional da pesca extrativa marinha foi de 484,6 mil toneladas em 2003, subindo gradativamente a cada ano até atingir 585,7 mil toneladas em 2009. Já a produção da aquicultura marinha (cultivo de organismos marinhos) caiu de 101,6 mil toneladas em 2003 para 78,3 mil toneladas em 2009″.



Pergunta-se: Ministério da Pesca para quê? Para produzir uma tragédia setorial? Quando menos, pode-se dizer que ele foi inócuo. Se duvidar, foi contraproducente. Até agora, a única coisa que essa pasta produziu foi escândalo: o pagamento indevido do tal “defeso” para apaniguados de políticos que, a exemplo de Luiz Sérgio, o ministro da Pesca, não sabem a diferença entre uma piaba e uma tilápia.



É uma piada! Dilma quer cortar ministérios? Eis um bom lugar para começar.



PS - Não posso deixar de lembrar. Caso essa estrovenga seja extinta, é preciso ver o que fazer com a mulher do terrorista Olivério Medina, que a então ministra Dilma Rousseff, de próprio punho, lotou no Ministério da Pesca, em Brasília. Vai ver ela cuida do setor no Lago Paranoá, que está cheio de tubarão.





Por Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A NEFASTA IDEOLOGIZAÇÃO DA JUSTIÇA, VISTA COMO PALCO DA LUTA DE CLASSES

Acima, há o post que escrevi ontem a noite sobre a tal Associação Juízes Para a Democracia. De maneira aberta, escancarada, sem palavras ambíguas, magistrados, que têm um poder enorme sobre a vida das pessoas, sustentam que alguns homens estão e devem estar acima da lei. Quais? Os representantes dos “movimentos sociais”. Num texto vazado numa linguagem cafona, arrevesada — uma coisa, assim, esquerdismo de gravata borboleta —, declaram abertamente que o estado de direito está morto no Brasil.





A pergunta é simples e óbvia: se alguns homens estão, como eles dizem, acima da lei, então quem os contém? Se a lei, numa democracia, não é o seu limite, o que será? Estão, esses mesmos juízes, por acaso, a dizer que atuam, em suas respectivas áreas, sem levar em conta os mandamentos legais que lhes garantem, inclusive, as prerrogativas de que dispõem?



No dia 10 de janeiro de 2010, eu publiquei aqui um post sobre essa associação, ilustrado com a foto que vocês vêem, ou revêem, abaixo.









Vocês certamente reconhecem este senhor sorridente no centro da foto. É João Pedro Stedile, o chefão do MST. Esta senhora de preto a seu lado, com os braços cruzados, é a juíza Kenarik Boujikian Felippe, que pertence ao Conselho Editorial do Movimento Juízes Pela Democracia. O grupo havia prestado uma homenagem a Stedile. Isto mesmo: aqueles juízes consideram que o homem deve ser homenageado por suas gloriosas contribuições, creio, ao estado de direito.



Tudo faz sentido. Kenarik foi um defensora entusiasmada do decreto que instituía o “Programa Nacional-Socialista de Direitos Humanos”. Se bem se lembram, o texto previa uma forma de censura à imprensa e, na prática, tirava dos juízes o direito de expedir liminares de reintegração de posse de áreas invadidas. Necessariamente, seria preciso antes negociar com os invasores. São os tais homens, como Stedile, que estariam acima da lei…



A associação gosta de se posicionar sobre muita coisa. Acima, nós os vemos premiando Stedile — o MST é considerado um dos grandes desmatadores do país. Nem por isso os juízes deixaram de se posicionar sobre o novo Código Florestal. Com o cuidado e a acuidade que os magistrados devem ter, escreveram o seguinte em um outro manifesto: “Não há tempo para prosseguir com esse sistema de produção agropecuária que se desenvolve às custas das máquinas, dos venenos e, notadamente, da degradação ambiental.” A Associação Juízes para a Democracia quer uma agricultura… sem máquinas!!!



Sim, meus caros, essa gente deve representar uma minoria no Poder Judiciário. E daí? O destino de milhares de pessoas está em suas mãos. E eles acham que há homens que estão acima da lei.



“Ah, só tem juiz de primeira instância…” Bem, ainda que fosse verdade, não seria menos grave. Eles podem dificultar muito a vida das pessoas se decidirem segundo seus preconceitos ideológicos. Mas, note-se, a suposição não é verdadeira. Geraldo Luiz Mascarenhas Prado, por exemplo, é desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Embora juiz, mantém um blog em que faz proselitismo político aberto até quando dá uma dica cultural.



O juiz se mostra incomodado, por exemplo, porque um colega seu foi criticado pelo chefe do Ministério Público por não ter prorrogado uma prisão. E ataca, lá no Rio, a ação da PM na USP. Sobra até poara os meios de comunicação porque “são empresas capitalistas”. Em Cuba, ela é socialista… na Venezuela, praticamente não sobrou empresa privada de comunicação. Talvez o desembargador aprecie esse modelo.





Depois de sugerir que as críticas duras feitas no passado ao comunismo eram parte da manipulação da opinião pública, escreve:

“Basta olhar atentamente para o episódio da repressão aos estudantes USP e para a “nota de repúdio” do Chefe do Ministério Público estadual, no Rio de Janeiro, insatisfeito porque uma prisão temporária não fora prorrogada pelo juiz que havia feito atuar a lei, corretamente, ao caso concreto, para se perceber as mesmas engrenagens de manipulação da opinião pública, via meios de comunicação social (na verdade, empresas capitalistas de comunicação social), visando conformar a realidade de acordo com modelos dicotômicos tipo “o “bem contra o mal”.



Essa gente diz adorar a democracia, é absolutamente intolerante quando criticada. De resto, há sempre a hipótese de que considere que seus heróis estão acima da lei, mas seus críticos, abaixo dela.



Por Reinaldo Azevedo

Para defender Lupi, “Paulinho da Força” chama Comissão de ética de “grupo de velhinhos gagás”

No Estadão:

Surpreendido, o PDT atacou ontem o “mensageiro” e se esquivou sobre a recomendação da Comissão de Ética Pública da Presidência de demitir o presidente licenciado do partido, o ministro do Trabalho Carlos Lupi. O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), afirmou ontem que a Comissão de Ética é integrada por “gagás e velhinhos” que perseguem Lupi.



Segundo Paulinho, como é conhecido o presidente da Força, o PDT vai aguardar a reação da presidente Dilma Rousseff para só então se pronunciar sobre a recomendação da comissão.



“Esperamos que ela não ouça essa comissão de gagás. Essa é uma comissão de gagás, de velhinhos que ficam perseguindo o ministro Lupi. Vamos ver se a Dilma vai ouvir essa comissão de retardados”, disse Paulinho. “Na verdade, essa comissão de ética sempre perseguiu o ministro Lupi.”

(…)





Por Reinaldo Azevedo

Pela primeira vez na história do Brasil, juízes declaram que há e deve haver pessoas acima da lei!!! Se é assim, o estado de direito está morto no Brasil!

Atenção, brasileiros para esta afirmação:

“Não é verdade que ninguém está acima da lei!”

Ela traz a assinatura de um grupo de… juízes!!!



Se vocês tiverem alguma demanda na Justiça, verifiquem se o juiz que vai cuidar do caso pertence à “Associação Juízes para a Democracia”. Se pertencer, verifiquem, em seguida, se a “outra parte” integra um desses grupos que são considerados, sobretudo por si mesmos e pelas esquerdas de modo geral, os donos da democracia. Se isso acontecer, só lhes resta pedir que seja declarada a suspeição do magistrado. E eu vou explicar por quê.



Essa associação divulgou um documento como, creio, nunca houve na história do Brasil, nem nos tempos mais radicais do chamado “Direito Achado na Rua”, quando o gramsciano declarado Roberto Lyra Filho (1926-1986) chamava os catedráticos da área de “catedráulicos”, para indicar a sua “subserviência ao sistema”. Para quem não acompanhou esse debate, já escrevi muito a respeito. Há aqui um texto de 2007 com os princípios da turma.



Há um truísmo nas democracias de direito: “Ninguém está acima da lei”. É um princípio consagrado em todo o mundo livre. Uma frase é universalmente citada, ao menos nos países civilizados, como síntese desse valor: “Ainda há juízes em Berlim”. Remete à pendenga judicial de um simples moleiro contra ninguém menos do que o rei Frederico 2º. Pois bem, a dita associação resolveu jogar fora todo esse estoque de saber jurídico. Emitiu uma nota sobre a USP — espero que não haja na direção da entidade parentes de pessoas processadas por dano ao patrimônio público e constrangimento ilegal — em que afirma, como se lê lá no alto, que há, sim, pessoas que estão acima da lei.



Sendo assim, então se entende que há pessoas no Brasil que exercem um poder que a nenhum dos Três Poderes da República é conferido: A SOBERANIA! Segue o manifesto dos valentes em vermelho. Comento em azul.



A ASSOCIAÇÃO JUIZES PARA A DEMOCRACIA - AJD, entidade não governamental e sem fins corporativos, que tem por finalidade trabalhar pelo império dos valores próprios do Estado Democrático de Direito e pela promoção e defesa dos princípios da democracia pluralista, bem como pela emancipação dos movimentos sociais, sente-se na obrigação de desvelar a sua preocupação com os eventos ocorridos recentemente na USP, especialmente em face da constatação de que é cada vez mais frequente no país o abuso da judicialização de questões eminentemente políticas, o que está acarretando um indevido controle reacionário e repressivo dos movimentos sociais reivindicatórios.

Já há absurdo o bastante nesse primeiro parágrafo. Quando um direito é agravado, há três saídas possíveis: a) a pessoa que teve seu direito aviltado se conforma e se torna refém do aviltante; b) quem foi desrespeitado resolve a questão no braço, num apelo à volta ao estado da natureza; c) quem teve seu direito agravado recorre à Justiça. Uma associação de juízes — notem bem!, de juízes — está afirmando que a pior saída é recorrer à Justiça. Eles estão se referindo à USP. Como já está claro a todo mundo, soldados da PM coibiram, cumprindo seu papel legal, o consumo de droga ilícita. Grupelhos de extrema esquerda, que representam a extrema minoria da universidade, decidiram transformar a questão num casus belli. Não há “movimento social reivindicatório” nenhum! Ademais, juízes existem para aplicar a lei, não para punir reacionários e proteger progressistas. Ou eles se fizeram juízes para ser procuradores do “progressismo”? Se a associação diz defender o “estado de direito”, como pode atacar quem recorre à Justiça?



Com efeito, quando movimentos sociais escolhem métodos de visibilização de sua luta reivindicatória, como a ocupação de espaços simbólicos de poder, visam estabelecer uma situação concreta que lhes permita participar do diálogo político, com o evidente objetivo de buscar o aprimoramento da ordem jurídica e não a sua negação, até porque, se assim fosse, não fariam reivindicações, mas, sim, revoluções.

Trata-se de uma coleção formidável de bobagens, a começar da palavra “visibilização”, que vem a ser a “estrovengalização” da Inculta & Bela, que encontra o seu momento de sepultura sem esplendor. Que zorra quer dizer “visibilização”? A Reitoria da USP não é um espaço “simbólico” de poder, mas real, local da administração de uma estrutura que reúne 89 mil alunos, 5.200 professores, 15 mil funcionários. Os extremistas da LER-QI, do PCO, do MNN e de outras obscuridades não formam um “movimento social”. Nem mesmo invadiram a reitoria, inicialmente, com a concordância da direção do DCE. Sigamos.



Os auto-intitulados “juízes para a democracia” estão afirmando que depredar patrimônio público, usar capuzes à moda dos partidários de ações terroristas, estocar coquetéis molotov num prédio público em que se abrigam algumas dezenas de pessoas, obstar o direito de ir e vir, impor-se a estudantes e professores por meio da intimidação e da violência, estes juízes estão dizendo que tudo isso tem “o objetivo de buscar o aprimoramento da ordem jurídica e não a sua negação”.



E o texto se sai com um sofisma de uma tolice suprema, assustadora. Se assim não fosse, diz o texto, os invasores “não fariam reivindicações, mas, sim, revoluções”. Heeeinnn? Revolução? Os 72 da Reitoria? Seria de dar inveja aos 300 de Esparta! Ah, sim: eles reivindicam, claro! Recorrendo aos métodos acima descritos, pedem a saída do reitor, que exerce o cargo legal e legitimamente; pedem a saída da PM da USP, quando a maioria dos uspianos quer o contrário; pedem, no berro, o fim de processos judiciais contra notórios agressores do patrimônio público, como se juízes fossem. De resto, os canais da representação estudantil na USP estão abertos e são devidamente ocupados pelos alunos.



Entretanto, segmentos da sociedade, que ostentam parcela do poder institucional ou econômico, com fundamento em uma pretensa defesa da legalidade, estão fazendo uso, indevidamente, de mecanismos judiciais, desviando-os de sua função, simplesmente para fazer calar os seus interlocutores e, assim, frustrar o diálogo democrático.

Por que os senhores juízes dessa tal associação não tentam dizer qual é o “poder econômico” que está perseguindo aqueles pobre “meninos”, como os chamou um repórter? Por que a defesa da legalidade seria “pretensa”? Que lei, e estes senhores estão obrigados a dizê-lo, autoriza aquele tipo de comportamento? Qual é a função da Justiça que não a garantia dos direitos?



Aliás, a percepção desse desvio já chegou ao Judiciário trabalhista no que se refere aos “interditos proibitórios” em caso de “piquetes” e “greves”, bem como no Judiciário Civil, como ocorreu, recentemente, em ação possessória promovida pela UNICAMP, em Campinas, contra a ocupação da reitoria por estudantes, quando um juiz, demonstrando perfeita percepção da indevida tentativa de judicialização da política, afirmou que “a ocupação de prédios públicos é, tradicionalmente, uma forma de protesto político, especialmente para o movimento estudantil, caracterizando-se, pois, como decorrência do direito à livre manifestação do pensamento (artigo 5º, IV, da Constituição Federal) e do direito à reunião e associação (incisos XVI e XVII do artigo 5º)”, que “não se trata propriamente da figura do esbulho do Código Civil, pois não visa à futura aquisição da propriedade, ou à obtenção de qualquer outro proveito econômico” e que não se pode considerar os eventuais “transtornos” causados ao serviço público nesses casos, pois “se assim não fosse, pouca utilidade teria como forma de pressão”.

Ignorava essa peça magnífica do direito. Bom saber! Ele também pertence à associação. Se bem entendi, estamos diante do raciocínio da perfeita circularidade do valor da ilegalidade: 1) ocupa-se um prédio público para, por meio da imposição do transtorno a terceiros, obter um determinado resultado; 2) o que levaria à conquista do objetivo seria justamente o transtorno; 3) logo, a imposição de um movimento por meio da violência se justifica por sua eficácia, entenderam? Mais ainda: como a ocupação seria já uma “tradição”, então se insere entre as práticas aceitáveis. E há algo ainda mais encantador: se o objetivo não for a alienação, para sempre, do imóvel, os invasores podem continuar enquanto houver história…



Ora, se é a política que constrói o direito, este, uma vez construído, não pode transformar-se em obstáculo à evolução da racionalidade humana proporcionada pela ação política.

Gostei do “ora” porque faz supor que haverá uma dedução ditada pela pura lógica. A afirmação de que a “política constrói o direito” é uma falácia, é palavrório. Querem ver: eu posso dizer que “a política constrói as vacinas” ou que “a política constrói as prerrogativas dos juízes”. No fim das contas e, em certa medida, a política constrói qualquer coisa porque tudo tem um fundamento também político, em algum momento. Mas não é aceitável, certamente, que maiorias políticas de ocasião, ou minorias influentes, mudem o valor científico de uma vacina ou cassem as prerrogativas de juízes, não? Ou as leis asseguram a permanência das regras nas democracias de direito, ou tudo se torna, então, relativo. Calma, leitor! As coisas ficarão muito piores!



É por isso que a AJD sente-se na obrigação de externar a sua indignação diante da opção reacionária de autoridades acadêmicas pela indevida judicialização de questões eminentemente políticas, que deveriam ser enfrentadas, sobretudo no âmbito universitário, sob a égide de princípios democráticos e sob o arnês da tolerância e da disposição para o diálogo, não pela adoção nada democrática de posturas determinadas por uma lógica irracional, fundada na intolerância de modelos punitivos moralizadores, no uso da força e de expedientes “disciplinadores” para subjugar os movimentos estudantis reivindicatórios e no predomínio das razões de autoridade sobre as razões de direito, causando inevitáveis sequelas para o aprendizado democrático.

Trata-se apenas de uma soma de clichês de ultra-esquerda, de fazer inveja ao PCO, com exceção talvez da palavra “arnês”, que vem a compensar a “visibilização”. Invadir um prédio público no berro, na marra, depredando instalações, é “democrático”? Por que a associação não explica o que quer dizer com “modelos punitivos moralizadores”? É favorável, por acaso, aos “imoralizadores”? Agora vem o grande momento.



Não é verdade que ninguém está acima da lei, como afirmam os legalistas e pseudodemocratas: estão, sim, acima da lei, todas as pessoas que vivem no cimo preponderante das normas e princípios constitucionais e que, por isso, rompendo com o estereótipo da alienação, e alimentados de esperança, insistem em colocar o seu ousio e a sua juventude a serviço da alteridade, da democracia e do império dos direitos fundamentais.

Decididamente, é preciso mesmo solidarizar-se com as ovelhas rebeldes, pois, como ensina o educador Paulo Freire, em sua pedagogia do oprimido, a educação não pode atuar como instrumento de opressão, o ensino e a aprendizagem são dialógicos por natureza e não há caminhos para a transformação: a transformação é o caminho.

Eis aí! Os juízes dessa associação estão declarando que há pessoas que estão acima da lei. Quem? Em seu condoreirismo cafona, explicam: “todas as pessoas que vivem no cimo preponderante das normas e princípios constitucionais e que, por isso, rompendo com o estereótipo da alienação, e alimentados de esperança, insistem em colocar o seu ousio e a sua juventude a serviço da alteridade, da democracia e do império dos direitos fundamentais.” Trocando em miúdos: referem-se àqueles que dizem querer revolução, cuja ideologia se afina, parece, com a dos juízes da tal associação.



Cabe uma pergunta fundamental: se esses movimento invadirem tribunais, inclusive aqueles em que esses senhores atuam, o que farão? Juntar-se-ão aos invasores, que se farão, então, os donos momentâneos da Justiça, privatizando-a, expropriando os demais brasileiros de um dos Poderes da República, para submetê-lo, então, à sua pauta, à sua vontade? E serão intocáveis! Afinal, estão, como dizem esses juízes, acima da lei!



Paulo Freire citado como mestre do direito? Ai, ai… Este senhor está na raiz do mal fundamental da educação no Brasil. O estrago que fez, como se nota, vai além até de sua área de atuação. Foi Freire quem convenceu os idiotas brasileiros — e cretinos semelhantes mundo afora, mas, aqui, com efeitos devastadores — que a função de um professor é “conscientizar”, não ensinar. Os alunos brasileiros costumam se ferrar em exames internacionais de matemática, leitura e domínio da língua — não é, senhores da “visibilização”? —, mas conhecem todos os clichês da “cidadania”…



Numa democracia, nenhum dos Poderes é soberano; por isso, têm de ser independentes e harmônicos; não há aquele que possa se impor sobre os demais. Sabemos, no entanto, que a Justiça, em caso de conflito de direitos, detém a palavra final. Os homens que assinam essa estrovenga estão entre aqueles que podem decidir a sorte de pessoas, o seu destino. Qualquer um que esteja prestes a ter sua vida definida por um desses togados está certo de que entra no tribunal para encontrar um magistrado isento, que tenha a lei como parâmetro, que se oriente pela letra escrita tanto quanto possível ou por uma interpretação o mais abonadora possível do que vai consolidado na Constituição e nos códigos.



Cuidado! Pode ser um engano!



Você pode ser apenas um pobre coitado a enfrentar uma demanda contra “as pessoas que vivem no cimo preponderante das normas e princípios constitucionais”. Se tiver essa má sorte, esqueça! Vai perder a causa ainda que tenha razão. Não só não terá um juiz “justamente” a seu favor como o terá na condição de mero subordinado da outra parte. Afinal, se há quem esteja acima das leis, é evidente que há quem esteja acima também dos juízes — ou, pior, em cima deles!



Você tem o direito de saber quem aparece no “Expediente” da página da Associação Juízes para a Democracia. Você tem o direito de saber quais são as pessoas que, num tribunal, também se consideram abaixo dos que rompem “com o estereótipo da alienação, e alimentados de esperança, insistem em colocar o seu ousio e a sua juventude a serviço da alteridade, da democracia e do império dos direitos fundamentais.” Volto para encerrar.





CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

José Henrique Rodrigues Torres, presidente do Conselho Executivo

Fernanda Menna Pinto Peres, secretária do Conselho Executivo

Alberto Afonso Muñoz, tesoureiro do Conselho Executivo

Edvaldo Marcos Palmeiras

João Marcos Buch

Geraldo Luiz Mascarenhas Prado

Reno Viana Soares



SUPLENTES

Angelica de Maria Mello de Almeida

Luís Fernando Camargo de Barros Vidal

Urbano Ruiz



REPRESENTANTES REGIONAIS

Bahia: Ruy Eduardo Almeida Britto, Reno Vianna Soares, Gerivaldo Alves Neiva

Maranhão: Oriana Gomes, Douglas de Melo Martins, José Edilson Caridade Ribeiro

Pernambuco: Airton Mozart Valadares Vieira Pires, Carlos Magno Cysneiros Sampaio, José Viana Ulisses Filho

Rio de Janeiro: André Felipe Alves da Costa Tredinnick, Rubens Casara, João Batista Damasceno

Santa Catarina: Angela Maria Konrath, Alessandro da Silva, João Marcos Buch

Tocantins: Marco Antonio Silva Castro



COORDENAÇÃO EDITORIAL

Alberto Alonso Muñoz

Célia Regina Ody Bernardes

Fernanda Menna Pinto Peres

Gerivald Neiva

Kenarik Boujikian Felippe

Luiza Barros Rozas

Reginaldo Melhado



Encerro

Se há pessoas no Brasil que estão acima da lei, então o estado de direito está morto.



Texto publicado originalmente às 21h08 desta quarta



Por Reinaldo Azevedo